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JUSTIÇA
Sexta - 21 de Fevereiro de 2014 às 18:27
Por: Gazeta Digital

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João Vieira/Arquivo
Faculdade pediu desbloqueio das contas, mas juíza aguarda sindicato confirmar pagamentos
Faculdade pediu desbloqueio das contas, mas juíza aguarda sindicato confirmar pagamentos
Mesmo depois de ter efetuado os pagamentos atrasados dos seus professores, o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) continua com as contas bloqueadas, uma vez que a juíza do caso, Graziele Cabral Braga de Lima, da 1ª Vara do Trabalho, negou pedido da instituição para o desbloqueio das 2 contas.

Ela ressaltou que só irá decidir sobre o pedido após receber do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sintrae/MT) um documento confirmando, se de fato, todas as pendências salariais, desde outubro do ano passado, foram quitadas.

Como isso ainda não ocorreu, a instituição segue impedida de movimentar as contas sem autorização da magistrada. Conforme o andamento processual, a juíza reiterou que não a intenção de prejudicar a universidade e que só bloqueou as contas para garantir o pagamento dos 4 meses de salários atrasados dos servidores. Por isso, emitiu um despacho concedendo prazo de 5 dias para o Sindicato se manifestar informando se os débitos com todos os servidores foram quitados.

Em sua última decisão, a magistrada ressaltou que havendo necessidade urgente de utilização dos valores bloqueados, a ré deverá solicitar a ela [juíza] a liberação dos valores necessários. “Para tanto, fundamentando e instruindo o pedido com documentação hábil a demonstrar a liquidez e certeza de seus débitos”.

“Considerando que além dos salário em atraso, a presente ação também visa a integralização dos recolhimentos fundiários e previdenciários, deverá a ré, também em 5 dias, comprovar a satisfação de tais parcelas, a fim de que possa ser analisado o pedido de desbloqueio total de suas contas”, pontuou a juíza no dia 12 deste mês.

A ordem para o Univag movimentar a conta e pagar os professores foi dada pela juíza no dia 4 de fevereiro. Eem seguida, a instituição pediu que não fosse mais obrigada a apresentar as planilhas completas e detalhadas a respeito de seus débitos com os empregados, mas a juíza negou o pedido. Ela afirmou “que tais documentos são imprescindíveis para verificação da correção e amplitude dos pagamentos realizados”.

A audiência que antes estava marcada para o dia 17 foi desmarcada, pois perdeu o objeto, uma vez que o que seria discutido era justamente a forma de utilizar os valores bloqueados para pagar os professores. “Diante da alegada quitação dos débitos, reputo desnecessária a realização de audiência conforme designado anteriormente”, despachou a magistrada. Com o pagamento, a greve dos professores foi suspensa e está previsto que as aulas comecem na próxima segunda-feira (24).

A reportagem não conseguiu contato com o advogado e nem com o presidente do Sintrae, Joacelmo Barbosa Borges, o Professor Biro, para verificar se o sindicato já atendeu a determinação da juíza. A decisão impondo o prazo para a manifestação do sindicato foi proferida no dia 5 de fevereiro, mas só passa a ser contado a partir da notificação do Sintrae, autor da ação contra o Univag. Caso o sindicato não se manifeste no prazo, a magistrada disse que poderá presumir como quitados os débitos, com o consequente desbloqueio das contas da universidade.




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