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PARALISAÇÃO
Sexta - 20 de Maio de 2016 às 13:26
Por: Gazeta Digital

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Foto: Ilustrar

O secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, acaba de receber a proposta de parcelamento da Revisão Geral Anual (RGA). A sugestão é uma iniciativa de uma comissão formada por 12 deputados estaduais, que se reuniram nesta quinta-feira, dia 19, com representantes do Fórum Sindical.

A categoria pede que sejam pagos 7,5% da revisão ainda este mês e outros 3,7% em junho, somando os 11,28%, ao qual tem direito. O secretário garantiu que a equipe econômica vai trabalhar durante o final de semana para tentar dar uma resposta ainda na segunda-feira, 22, para os servidores.

A reunião desta manhã, dia 20, foi realizada no gabinete do deputado Wilson Santos (PSDB), e contou com a participação do deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), além do secretário Júlio Modesto.


O titular da pasta de Gestão afirma que deve haver uma proposta factível a fim de não colocar em risco a folha de pagamento. "Não vamos permitir que o servidor receba o salário em atraso. Vamos respeitar a Constituição, mas respeitando as condições impostas pela Lei Responsabilidade Fiscal. Esta proposta vai ser levada à equipe econômica, que está há muitos dias trabalhando nos desdobramentos e projeções para que o governo apresente uma contra proposta".

O líder da oposição ao Governo na Assembleia Legislativa, deputado Emanuel Pinheiro, relata que há uma ansiedade em relação a decisão que poderá ser exarada do governador Pedro Taques (PSDB). Ele disse acreditar que o secretário de Gestão junto aos demais secretários que compõem a equipe econômica do governo, devam dar uma resposta favorável aos servidores.

"Para acabar com este impasse é necessário chegar a um denominador comum, valorizando e respeitando o direito constitucional dos servidores públicos. Fica o nosso voto de confiança para ajudar a superar esta situação", afirmou o deputado.


O questionamento que resta é se de fato haverá atraso no pagamento dos salários caso haja a revisão. Emanuel Pinheiro desacredita nesta tese. 


"O Estado é pujante. A cada mês cresce a arrecadação se comparada ao mesmo período do ano passado. Dados do Flipan demonstram que no primeiro quadrimestre de 2016 entrou no caixa do Estado, praticamente R$ 800 milhões a mais que em igual período de 2015. Não existe crise, existem dificuldades".


Mas o secretário de Gestão, Júlio Modesto refuta a informação, dizendo que as despesas crescem mais que a arrecadação. "Houve, obviamente, um desequilíbrio fiscal com as medidas da gestão anterior, razão do desequilíbrio que vivemos hoje".


Greve geral


O secretário Modesto enfatizou que o governo não quer uma greve geral. "Tenho dito no interior e em todos os encontros dos servidores na Capital, que a greve não é boa para ninguém, pois, afeta a sociedade, já são interrompidos os serviços, assim como afeta também a arrecadação, o que piora ainda mais a situação do Estado".


O secretário pediu ainda que os servidores tenham um pouco mais de paciência para que seja possível avançar nas negociações. "Não dá para tomar qualquer decisão neste momento sem a capacidade financeira de fazê-la".





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