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PECUÁRIA
Sexta - 20 de Janeiro de 2012 às 14:14

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Os pecuaristas de Mato Grosso desembolsaram R$ 63,1 milhões só com a compra de vacinas contra a febre aftosa em 2011 para imunizar o maior rebanho de gado de Brasil nas etapas de vacinação de maio e novembro. “Esse é um gasto que o pecuarista faz somente com a compra das vacinas, mas o montante é bem maior no processo de vacinação, porém o produtor tem consciência da importância dessa imunização para continuarmos exportando para mais de 180 países”, frisou o superintendente da Acrimat - Associação dos Criadores de Mato Grosso - Luciano Vacari.

Hoje (20.01) o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) divulgou os resultados da etapa de vacinação de novembro de 2011em todo rebanho. Os dados demonstram que se obteve o melhor índice de vacinação espontânea já registrada no Estado com 99,76% do rebanho. Foram vacinados 29.122.232 animais em 108.359 propriedades rurais que produzem gado nos 141 municípios mato-grossenses. O rebanho total cresceu 1,5% com relação a 2010 e chegando a 29.193.319 cabeças. Com esse montante, Mato Grosso continua no topo de ranking como o maior produtor de gado do Brasil. Para vacinar todo esse gado o pecuarista gastou R$ 44,66 milhões, pagando um preço médio pela dose de R$ 1,53, segundo levantamento feito pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.

O histórico de Mato Grosso quanto a imunização do rebanho contra a febre aftosa levou o estado a comemorar 16 anos sem registrar nenhum caso da doença. Esse fato desencadeou um processo de eliminação nas etapas de vacinação. Mato Grosso chegou a ter 04 etapas de vacinação contra febre aftosa. A partir de 2009 passou para 03 etapas, sendo uma em fevereiro para animais de zero a 12 meses da fronteira com a Bolívia, em maio para animais de 0 a 24 meses e outra em novembro para animais de todas as faixas. A partir deste ano a etapa de fevereiro também foi retirada do calendário.

“O Indea fez um levantamento sorológico minucioso e constatou que os animais de zero a 12 meses localizados na fronteira e que recebiam vacina em fevereiro apresentavam a mesma imunidade que os demais animais dessa faixa etária que não eram vacinados nesse período”, disse o presidente do Indea, Valney Souza Côrrea. Diante disso, foi feita a solicitação junto ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – para retirada da etapa de vacinação de fevereiro. Ele ressaltou que os produtores da Bolívia continuarão recebendo a doação de vacinas contra aftosa. No ano passado foram 190 mil doses repassadas aos produtores bolivianos.

Para a Acrimat a preocupação do setor é sempre com o controle sanitário do rebanho de Mato Grosso, “e se o Indea se sente seguro com os levantamentos técnicos realizados para fazer essa solicitação ao ministério, é sinal que o trabalho foi bem feito e que o estado merece esse beneficio”, disse Luciano Vacari. Para ele o trabalho de fiscalização deve ser intensificado, principalmente na área de mais de 700 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia.

Quem deixou de vacinar no período estabelecido vai pagar multa por cabeça de gado não vacinado, além da suspensão no movimento das fichas sanitárias dos inadimplentes junto aos escritórios do Indea-MT. O gado que não foi vacinado de forma espontânea será vacinado pelos técnicos do Indea.





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