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POLÍCIA
Quinta - 11 de Agosto de 2011 às 16:31

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Delegado Wilyney Santana apresenta detalhes das investigações.
Delegado Wilyney Santana apresenta detalhes das investigações.
“É precipitado ainda, afirmar categoricamente que seria motivação política. As investigações prosseguem e só ao final poderemos chegar à conclusão real da motivação do crime”, disse o delegado Wilyney Santana Borges, responsável pelas investigações do assassinato do prefeito de Novo Santo Antônio (1.063 km a Nordeste), Valdemir Antônio da Silva, conhecido como “Quatro Olho”, em entrevista coletiva, na quarta-feira (10.08), na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Cuiabá.

Acompanhado do delegado Regional de Porto Alegre do Norte, Ronan Gomes Villar, o delegado Wilyney veio à Capital para dar detalhes da investigação da morte do prefeito, que completa 19 dias. “As investigações avançaram bastante. Conseguimos chegar a autoria de duas pessoas, que seriam os executores do crime e também existe uma terceira pessoa com mandado de prisão temporária decretada e que está foragida”, afirmou o delegado.

Na segunda-feira (08.08), foi preso Alexandre Silveira Barbosa, 35, o “Magrão ou Androide”, na cidade de Nova Xavantina, e no domingo (07), Luciano Cavalcante Nascimento Vieira, 31 anos, o “Batata”, no município de Bom Jesus do Araguaia. De acordo com as investigações, o suspeito Luciano Cavalcante foi o executor, mas ele nega que tenha recebido pagamento. Ele declarou que participou do crime a convite de Alexandre, que alegou ter rixa pessoal com o prefeito e prometeu lhe pagar R$ 3 mil. Na casa de Luciano, os policiais apreenderam uma motocicleta Twister, vermelha, comprada há cerca de três dias e um capuz..

O terceiro suspeito de envolvimento é o advogado Acácio Alves de Souza, procurador do município nos primeiros anos da administração do Valdemir Antonio da Silva. Eles teriam se desentendido e o advogado acabou sendo demitido. “Existem  ligações constatadas no inquérito que indicam uma relação bastante próxima entre o advogado e um dos executores, o Luciano. Por esse motivo existem indícios de que possa ser um dos mandantes. Não descartamos a participação de nenhuma pessoa”, explicou o delegado Wilyney.

Secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, disse que há um esforço da Segurança Pública para esclarecer os homicídios dos prefeitos de Nova Canaã do Norte, Luiz Cesar de Castro, 43, o “Luizão”, e do prefeito de Novo Santo Antonio, Valdemir Antonio da Silva, conhecido por “Quatro Olho” e ainda do jornalista Auro Ida.

Conforme o secretário as investigações do prefeito “Luizao” e Auro Ida estão bastante adiantadas. “O governador determinou o empenho no sentido de esclarecer todos esses casos. Não há como a deixar questões em aberto e então estamos trabalhando com empenho nesses casos para elucidar”, enfatizou o secretário.

O prefeito foi assassinato a tiros no dia 23 de julho, em sua residência. Os dois executores chegaram à pé na casa da vítima e atiraram três vezes no prefeito. “Os tiros foram desferidos a curta distância, basicamente a queima roupa”, disse o delegado Wilyney.

Na casa estavam os dois filhos do prefeito e uma cunhada. No momento da execução, o filho do prefeito estava atrás do pai e ainda chegou a ver o braço do criminoso com o revólver apontado para seu pai. Por sorte não foi atingido porque conseguiu esconder atrás de uma caixa de som e depois correu para o banheiro.

Após o crime os suspeitos fugiram também a pé em direção a cidade de Nova Serra Dourada. Mas nas investigações a polícia descobriu que eles chegaram em uma motocicleta, pilotada por Alexandre, que também foi utilizada na fuga. Os dois executores estavam com o rosto descoberto e isso teria possibilitado a elaboração do retrato falado dos envolvidos com ajuda de testemunhas ouvidas no inquérito.

O delegado geral, Paulo Rubens Vilela, informou que a Polícia Civil deve concluir o inquérito policial em no máximo 30 dias. “Esses casos rumorosos, que exigem uma resposta rápida da polícia devido ao clamor da sociedade, formamos grupos para investigar”, destacou Vilela.

O delegado Regional, Ronan Gomes Villar, agradeceu o empenho dos escrivães e investigadores, que mesmo em greve, estão colaborando nas investigações. “A todos que pedimos colaboraram nas inquirições feitas, auxílio que possibilitou chegar a prisão dos dois”, declarou.  





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