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POLÍCIA
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 09:55
Por: Naiara Leão

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Foto: Dida Sampaio
Frederico Silva da Costa, o número 2 do Turismo, em um ônibus no qual foi transportado para o hangar da PF, em Brasília.
Frederico Silva da Costa, o número 2 do Turismo, em um ônibus no qual foi transportado para o hangar da PF, em Brasília.

A Polícia Federal prendeu no final da tarde de terça (9) mais duas pessoas suspeitas de envolvimento em irregularidades no Ministério do Turismo que resultaram na deflagração da Operação Voucher.

A assessoria da PF não informou os nomes dos detidos. Com esses, o número de presos desde o início da manhã desta terça em Brasília, São Paulo e Macapá passa a 35. No total, foram expedidos pela Justiça 38 mandados de prisão. A PF ainda busca outras três pessoas.

De acordo com o diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, as investigações indicam que foram desviados do Ministério do Turismo dois terços do valor do contrato entre a pasta e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Isso equivale a quase R$ 3 milhões dos R$ 4,445 milhões do contrato destinado à qualificação de 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.

Segundo o delegado, os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério, Ibrasi e empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.

Dos 35 presos, seis são servidores públicos, de acordo com a assessoria da PF. Um deles é o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, segundo homem na hierarquia da pasta, detido em um hotel em Brasília.

Outros dois são o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, ex-deputado federal, preso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o ex-presidente da Embratur, Mario Moysés. A PF não informou os nomes dos outros três.

Os demais 29 suspeitos são empresários e funcionários do Ibrasi e de empresas de fachada. Em uma das prisões, a PF fez uma busca na casa do diretor-executivo do Ibrasi e apreendeu R$ 610 mil em espécie.

O saldo das prisões efetuadas até o fim da tarde desta terça, divulgado pela assessoria da PF, diz que todas as 19 prisões preventivas (sem prazo estabelecido para o fim da prisão) decretadas foram cumpridas. Os três mandados ainda não cumpridos são de prisões temporárias.

No Distrito Federal, foram 12 prisões preventivas e cinco temporárias. No Amapá, houve uma preventiva e seis temporárias. Em São Paulo, foram seis preventivas e cinco temporárias (por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco).






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