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POLÍCIA
Quinta - 26 de Maio de 2011 às 15:35
Por: Priscilla Vilela OLHAR DIRETO

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Foto: Reprodução
Investigador Edson Leite
Investigador Edson Leite

Paulo Anunciação Alves, irmão de Gilson Silva Alves, vendedor assassinado equivocadamente por policiais civis na segunda-feira (23), declarou que o investigador Edson Leite foi morto pelos próprios colegas que o acompanharam na desastrosa operação. A versão confronta com a da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), que aposta que o ambulante teria entrando em luta corporal com Leite e Maxwel Pereira, conhecido como “Carioca”.

Em entrevista ao Olhar Direto, Paulo Anunciação afirmou que cinco policiais chegaram ao Posto 2006, na Rodovia dos Imigrantes, e dois fugiram logo após a confusão. No local do crime, foram confirmadas as presenças de Maxwel, Edson Leite, e a posterior chegada de João Osni Guimarães, o “Caveira”. Ele afirma ainda que em nenhum momento o irmão entrou em confronto com os investigadores e que a troca de tiros ocorreu entre a própria polícia.

Paulo coloca em dúvida a intenção de “Caveira” em socorrer o publicamente o desafeto, Edson Leite. “Armaram para  ele. Foi a arma da polícia que o matou.” Indignado ele reafirma a tese de que João Osni é parente de um dos menores que assaltaram a casa do irmão e por isso Gilson estava sendo ameaçado. A indicação da morte de Leite teria sido “aproveitada” dentro da situação. “Ninguém corre daquele jeito para salvar a vida do inimigo”, ressalta.

A situação de confronto entre Gilson Alves e os policiais, segundo Paulo, teria sido inventada pela polícia “para tirar o deles da reta”. Ele afirma ainda que não foi coincidência a presença de “Caveira” no local do crime, e que toda a família de Gilson estava sendo ameaçada desde o roubo à residência dele , na sexta-fera (20). “Chegaram a ligar pra ele falando que ele tava morto, e na segunda de manhã tinha uma Hillux rondando a casa. Eles foram lá pra executar o meu irmão”.

Gilson e a família iriam viajar no dia do assassinato. Porém, foram surpreendidos pela polícia. A operação, que ainda vai ser julgada como legítima ou não, resultou na morte de dois policiais e de Gilson Alves, morto em uma ‘fatalidade’. Agora, para Paulo, cabe ao único sobrevivente, Maxwel Pereira, contar a verdade sobre o que realmente ocorreu na operação desastrosa.





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