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CIDADE
Segunda - 25 de Abril de 2011 às 23:14

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Foto: Arquivo

A partir desta segunda-feira (25.04), os 80 homens que respondem pela prática de crimes de violência doméstica contra a mulher no Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo Carumbé, começam a realizar as atividades do projeto "Lá em Casa quem Manda é o Respeito" . Três vezes por semana, eles vão participar de "rodas de conversa" com psicóloga e assistente social sobre temas relacionados à violência doméstica.

Para informar aos detentos sobre os objetivos do projeto e fazer com que eles reflitam, compreendam e assumam a responsabilidade sobre seus atos, as promotoras de Justiça que atuam nas Promotorias Especializadas no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa e Elisamara Sigles Vodonós Portela, estiveram, na manhã desta segunda-feira, no Centro de Ressocialização.

Por quase duas horas, elas falaram sobre as penalidades previstas na Lei Maria da Penha, esteriótipos e educação machista, relação entre pais e filhos e a união dos homens pelo fim da violência doméstica contra a mulher. “Se vocês acreditam que estão no presídio por culpa da mulher, vão sair daqui ainda mais agressivos. É preciso que tenham a consciência de que os únicos responsáveis por estarem aqui são vocês mesmos”, ressaltou a promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa.

Como instrumentos de sensibilização, além de apresentar fotos extraídas dos processos judiciais que tramitam na Vara da Violência Doméstica da Capital, as promotoras de Justiça também falaram sobre a valorização da família e as possibilidades de mudança. “A razão da nossa vida, independente da condição financeira, é ser feliz. Esse é o momento de vocês meditarem um pouco sobre o que fizeram para não cometerem os mesmos erros novamente. Somos pessoas imperfeitas, mas podemos melhorar sempre”, destacou a promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela.

O evento de lançamento das atividades do Projeto Lá Em Casa Quem Manda é o Respeito, no Centro de Ressocialização de Cuiabá, também contou com a participação do secretário adjunto de Estado de Trabalho e Emprego, Jean Estevan Campos Oliveira, e de representantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

ATUAÇÃO: Em Cuiabá, existem 14 mil processos nas duas Varas de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. A capital mato-grossense foi citada, em nível nacional, como a cidade que possui maior aplicabilidade da Lei Maria da Penha.

De acordo com a promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, 99% dos crimes cometidos contra a mulher são motivados por ciúme. No ano passado, o índice de mulheres assassinadas em Cuiabá reduziu em 70%.






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