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SEGURANÇA
Sexta - 01 de Abril de 2011 às 15:35

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Delegado da Polícia Civil, Márcio Pieroni, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa.
Delegado da Polícia Civil, Márcio Pieroni, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa.
Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de montar uma farsa para investigar a possibilidade do juiz Leopoldino Marques do Amaral estar vivo e morando na Bolívia para beneficiar o empresário Josino Pereira Guimarães, acusado de mandar matar o magistrado e que está prestes a ir a júri popular, o delegado da Polícia Civil, Márcio Pieroni, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa, acaba de ser afastado do comando da DHPP.

Pieroni, conforme a assessoria da PJC, foi designado para chefiar os trabalhos de reativação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), da Capital. Em seu lugar, assume como titular da DHPP, o delegado Antonio Carlos Garcia de Matos. Conforme a Diretoria da Polícia Civil, a substituição do delegado Márcio Pieroni, não acarretará prejuízos às investigações disciplinares, iniciadas pela Corregedoria Geral referente à morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, cujo corpo foi encontrado carbonizado no Paraguai, em setembro de 1999.

Entenda o caso: Os restos mortais do juiz foram exumados pela segunda vez no dia 2 de março a pedido de Pieroni que disse ter autorização da Justiça Estadual para realizar o procedimento. No entanto, horas depois, quando os ossos já estavam no Instituto Médico Legal (IML), o juiz federal da 7ª Vara, Paulo Cézar Alves Sodré determinou que fosse cancelada a exumação e os ossos devolvidos ao Cemitério de Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá). O magistrado, com base no entendimento do MPF, declarou nulas todas as decisões da Justiça Estadual e a suposta investigação de Pieroni juntamente com provas produzidas por elas.

O Juiz ainda decretou o fim do segredo de Justiça do processo, que apura a responsabilidade e envolvidos na tentativa de "plantar" dúvida sobre a morte do juiz.

A nova investigação que culminou com a exumação do corpo do magistrado teve início em novembro, mesmo mês em que o Josino perdeu o último recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar transferir o processo que responde por homicídio para a Justiça Estadual.

O delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), iniciou o procedimento apontando que Abadia Paes Proença e Luziane Pedrosa da Silva eram ameaçados por José Roberto Padilha da Silva, que supostamente teve uma ligação íntima com o magistrado e o teria encontrado na Bolívia, além de ser presenteado pelo juiz com um carro e um apartamento. Roberto teria feito ameaças de morte contra Abadia, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), para que parasse de falar do envolvimento dele com o juiz.

O detento é acusado de participação no latrocínio da advogada Ana Antônia Cunha, em julho passado.





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