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RODOVIAS
Sábado - 26 de Fevereiro de 2011 às 08:01
Por: Caroline Lanhi A GAZETA

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Foto: Arquivo

Transportadores e comerciantes de combustíveis querem a duplicação e a federalização da Rodovia do Imigrantes, que liga Cuiabá a Várzea Grande. A reivindicação levou caminhoneiros e donos de postos de combustíveis a se unirem e paralisarem o tráfego na rodovia. O protesto teve como objetivo chamar a atenção das autoridades de modo pacífico e foi encabeçado pelo Sindicato de Transportadores Autônomos de Bens de Mato Grosso (Sindicam), com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo) e de caminhoneiros de outras regiões do país.

O protesto começou na manhã de ontem (25) e foi capaz de gerar um congestionamento de quase 30 km. Eles reclamam que a rodovia está abandonada, por falta de manutenção. Isso acaba gerando grandes prejuízos ao caminhoneiro, que precisa desembolsar um dinheiro que não estava no orçamento para substituir pneus e peças, por exemplo.

O tráfego foi paralisado inicialmente por 2 horas, liberado por 30 minutos e trancado novamente. A intenção dos manifestantes não era parar totalmente para que os caminhoneiros não tivessem prejuízos no transporte da carga. Com a estratégia adotada, os motoristas poderiam participar um pouco da manifestação e depois seguir viagem.

Os manifestantes se concentraram no Km 10 da rodovia. A fila de carros e caminhões se estendeu do trevo de acesso a comunidade ribeirinha de Bonsucesso, em Várzea Grande, até Cuiabá. Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindipetróleo, a entidade apoia o movimento, pois além das condições da rodovia resultarem em prejuízos para os postos de gasolina, o sindicato compreende os danos que os caminhoneiros têm por precisarem trafegar na Imigrantes.

Além de buracos e rachaduras, o mato toma conta do que seria o acostamento, impedindo a visualização das poucas placas de sinalização existentes. A segurança dos motoristas também fica comprometida pela falta de sinalização no pavimento, pois as faixas foram apagadas com o tempo.

O caminhoneiro Ademir Tibúrcio é de Sorriso (430 Km ao norte de Cuiabá) e passa pela Imigrantes pelo menos 6 vezes por mês, pois transporta soja e erva-mate. O motorista diz que a situação da rodovia está insustentável e pede que o Estado olhe para a categoria e melhore as condições de tráfego nessa região.

Ademir conta que nesse período de safra chega a gastar 2 horas de viagem para percorrer os 30 Km da rodovia entre Cuiabá e Várzea Grande. "Nos 10 anos que trabalho nessa área só vi ações de tapa-buraco, mais nada".

Para ele e tantos outros caminhoneiros que se reuniram para protestar, uma das soluções seria transformar a Imigrantes em BR, pois assim se teria mais investimentos. Outra sugestão da categoria é duplicar a rodovia, a qual recebe 9 mil veículos por dia, segundo o Sindipetróleo.


 




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