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POLÍTICA
Segunda - 16 de Agosto de 2010 às 13:52

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O candidato a vice-governador de Wilson Santos (PSDB), Dilceu Dal’Bosco (DEM), visitou no último final de semana o município de Marcelândia, localizado a cerca de 720 km de Cuiabá. Acompanhado dos candidatos Dilmar Dal’Bosco (DEM), deputado estadual, e Nilson Leitão (PSDB), deputado federal, Dilceu foi ver de perto a tragédia provocada pelo maior incêndio da história do município, ocorrido na última quarta-feira (11).

“Viemos aqui prestar nossa solidariedade ao povo, aos nossos amigos, a cidade que vinha se reerguendo das operações realizadas pelo governo e agora passa por essa tragédia”, lamentou Dilceu, referindo-se as operações da Polícia Federal no setor de base florestal, principal fonte econômica do município.

Dilceu ficou chocado com o que encontrou e disse que está “revoltado” com a situação. “Por diversas vezes cobrei na tribuna da Assembléia, e cobrei diretamente do governo, para que olhasse para esse município, fizesse investimentos necessários para atender essa população, inclusive, falei sobre a falta de estrutura de atendimento para casos extremos. Infelizmente isso aconteceu e o município pagou pela falta de gestão do governo, que virou as costas para essa cidade”, frisou.

Sem uma unidade do Corpo de Bombeiros e estrutura para combater incêndios, a população ajudou a apagar o fogo com auxílio de caminhões pipas e de maquinários. Equipes da Defesa Civil, Bombeiros e da Brigada de Incêndio do Ibama foram enviadas ao município mas somente no dia seguinte as chamas foram controladas, depois de todo o estrago e prejuízos. Quinze empresas madeireiras e mais de 100 casas foram destruídas pelo incêndio. O prejuízo passa dos R$ 10 milhões.

As famílias desabrigadas estão alojadas no salão paroquial e agora dependem da solidariedade da população para doação de móveis, roupas e alimentos. A suspeita é que o incêndio tenha começado no lixão, atingindo pastagens e o perímetro urbano. Segundo as autoridades locais, pelo menos 15 empresas (madeireiras e serrarias) e estoques de madeira (serrada, beneficiada e toras) foram destruídos pelo fogo. As empresas atingidas pelo incêndio representam cerca de 40% do setor e empregavam centenas de funcionários. Também foram consumidas pelas chamas mais de 100 casas, além de maquinários de beneficiamento, implementos agrícolas (tratores, pá carregadeira) e veículos.

CAOS NA SAÚDE

Os candidatos também visitaram o hospital da cidade onde conversaram com pacientes e ficaram comovidos com a situação. Dilceu Dal’Bosco lembrou que por diversas vezes fez cobranças ao governo para investir no setor da saúde. “Não faz tempo estive aqui e vi de perto essa situação.

Na mesma semana fiz novas cobranças, denunciei o caos e o abandono que se encontrava esse hospital, pois não tinha médicos especializados, não tinha se quer remédios para os pacientes que estavam deitados em camas enferrujadas, sem falar na precariedade da infra-estrutura do prédio”, disse, referindo-se as cobranças que fez na Assembléia Legislativa e ao Governo do Estado sobre a saúde do município.

“É obrigação do governo manter esse hospital e não apenas do município, como vinha acontecendo. A população não tem que arcar com os prejuízos provocados pelo descaso do  Governo do Estado com a área da saúde, que está um caos na maioria dos municípios de Mato Grosso”, pontuou.

Com a tragédia, mais de 300 pessoas foram atendidas no hospital, a maioria com queimaduras de primeiro grau, pressão alta e problemas respiratórios, além de ardência nos olhos. Segundo o diretor, Rogério Santos, a instituição não estava preparada para atender a demanda. “Não tínhamos estrutura para atender aos pacientes, os casos menos graves, medicávamos e liberávamos, pois não tinha lugar para todos. Somente os casos mais graves é que ficavam internados”, contou Santos.

 






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