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ECONOMIA
Quinta - 05 de Agosto de 2010 às 18:11
Por: ELIANA BESS

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Edson Rodrigues/Secom-MT
Abertura da 7ª Reunião Plenária do Fórum Brasileiro do Processo Kimberley
Abertura da 7ª Reunião Plenária do Fórum Brasileiro do Processo Kimberley

A VII Reunião Plenária do Fórum Brasileiro do Processo Kimberley (FBPK), aberto em Cuiabá nesta quinta-feira (05.08), tem outros objetivos além de tratar da certificação do diamante. Um deles é a preparação do Brasil para participar da Plenária que acontecerá na cidade de Jerusalém, em Israel no mês de novembro, com a presença de 70 países. A programação do evento em Cuiabá acontece nos dias 05 e 06, no Centro de Eventos do Pantanal.

“Mato Grosso é um dos maiores produtores de diamante do país, por isso a importância do evento aqui. E estamos nos preparando para levar a experiência que o Brasil tem na certificação do Diamante para ser apresentada em Jerusalém”, pontuou o coordenador do Fórum Brasileiro do Processo Kimberley, João César de Freitas Pinheiro, e um dos palestrantes do primeiro dia do evento.

Segundo João César, o Brasil deu todo o suporte de sua experiência como base para que a Venezuela retorne a certificar. “Ela estava afastada da certificação para arrumar a casa, para cumprir as exigências internacionais. O Brasil é um exemplo mundial nessa área, sendo copiado por outros países, como a África”, revelou.

Entre as exigências internacionais são cobradas o título minerário que o diamante saiu e as estatísticas de exportação e importação para evitar que saiam sem inconsistência.

Samir Nahass, representante do secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME) e secretário geral do FBPK, espera que o evento seja um marco na história do diamante em Cuiabá. “Só foi possível a realização desse encontro aqui devido o esforço conjugado da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O Fórum é forte e ativo no processo”, frisou Nahass.

Para João Justino Paes Barros, presidente da Metamat, o Fórum busca contribuir para que o diamante não seja usado para conflitos, mas para o desenvolvimento e a sustentação das pessoas. “Acredito no cooperativismo, na união e nos esforços para obter os resultados. Desde que o Fórum foi instituído em 2003 nós participamos das discussões. Ele representa o fortalecimento da inserção do Brasil em nível mundial. O Brasil tem um potencial mineral muito grande, enquanto em outros países essa riqueza financia conflitos, aqui com a certificação podemos ganhar mercado na comercialização e sustentabilidade com as commodities minerais”, defendeu João Justino.

Para ter uma idéia, o Brasil tem uma participação considerada ínfima (1%) na comercialização (externa). Os maiores exportadores são Rússia, Namíbia e os países europeus. Sendo que 70% da produção brasileira são oriundas do município de Juína (MT).

A comercialização depende da certificação que é emitida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). No caso de Mato Grosso, a Metamat emite os laudos que servem de base para o DNPM dar a certificação.

O extravio de diamantes ainda é difícil de controlar. “Uma mão cheia de diamantes representa uma pequena fortuna e cabe num bolso. Como evitar que saiam daqui”, comparou João Justino.

O evento conta com a participação de cerca de 100 profissionais sendo: geólogos, engenheiros florestais, representantes do DNPM dos Estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre; da Associação Brasileira de Inteligência (Abin); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e do Itamaraty, além de advogados, geólogos, engenheiros florestais, garimpeiros, sindicatos e cooperativas ligadas ao setor mineral e representante internacional.






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