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MEIO AMBIENTE
Segunda - 02 de Agosto de 2010 às 12:07
Por: MARIA BARBANT

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Marcos Vergueiro
Todo o material apreendido (garrafas e garrafões), utilizado em cevas e armadilhas fixas, serão doados a instituições
Todo o material apreendido (garrafas e garrafões), utilizado em cevas e armadilhas fixas, serão doados a instituições
Em três dias de operação no Rio Cuiabá, fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e policiais militares do Batalhão Ambiental retiram aproximadamente 4.500 garrafas e garrafões plásticos, utilizados na ceva de peixes. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (02.08), pelo coordenador de Fiscalização da Pesca e Tráfico de Animais Silvestres, Carlos Roberto Pires Cesário. A operação realizada entre os dias 27 e 29.07, percorreu cerca de 80 quilômetros de rio, de Cuiabá a Barão de Melgaço, município localizado a 113 quilômetros ao Sul da capital. A operação, de caráter orientativo, teve por objetivo coibir o uso de ceva fixa.

“Todo o material apreendido (garrafas e garrafões), utilizado em cevas e armadilhas fixas, serão doados a instituições filantrópicas”, explicou o coordenador ao falar sobre o sucesso da Operação.

A ceva é um método de pesca proibido pela Lei 9096/2009, que dispõe sobre a Política de Pesca no Estado de Mato Grosso. Essa Lei tem como princípio assegurar o equilíbrio ecológico, a conservação dos organismos aquáticos e a capacidade de suporte dos ambientes de pesca.

Nos rios, a ceva fixa é utilizada para armazenar o alimento no fundo do rio. O coordenador de Fiscalização da Pesca e Tráfico de Animais Silvestres da Sema explicou que esse método acaba alterando o ciclo natural dos peixes fazendo com que os cardumes deixem de se locomover em busca do alimento e fiquem próximo as cevas, tornando-se presas fáceis. Além disso, constituem um perigo para as embarcações que trafegam pelo rio.

“No primeiro dia da Operação, de Cuiabá até o Distrito de Bonsucesso, foram retirados do rio cerca de 200 recipientes, mas o trecho onde há maior concentração de cevas vai de Santo Antônio do Leverger, a partir da Barra do Aricá, até Barão de Melgaço”, explicou Carlos Cesário. É nesse trecho que se concentra o maior número de tablados ou plataformas, que não são proibidas por lei mas que ainda não foram regulamentadas, e os pescadores profissionais e amadores.

Durante a operação além de retirar as garrafas e garrafões de plástico do rio, os fiscais da Sema e policiais militares orientaram a população a respeito da proibição de utilização do método. Numa segunda etapa de fiscalização, prevista para final do mês de agosto e início de setembro, quem for pego cometendo a infração será notificado e multado. A infração é passível de multa que varia de R$ 100,00 a R$ 1 milhão, dependendo da quantidade de material e pescado apreendido.




Fonte: Sema-MT

URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/22850/visualizar/