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MEIO AMBIENTE
Terça - 27 de Abril de 2010 às 16:58

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Em 1º de fevereiro deste ano, teve início o período restritivo das atividades de corte, arraste e transporte de madeira nas florestas brasileiras. A restrição, de sessenta dias (até 01 de abril), dentro de Mato Grosso, atendeu a Resolução nº 02 da Câmara Técnica Florestal que buscou proteger o solo das florestas no período chuvoso. A interdição diz respeito às atividades dentro dos manejos florestais sustentáveis, contudo, a comercialização e o transporte de toras, a partir das esplanadas principais, eram permitidos.

Durante operação de fiscalização no mês de março, realizada em conjunto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), os fiscais comprovaram in loco, que os empresários do setor estavam respeitando o período e nenhuma irregularidade foi encontrada. Isto demonstra a conscientização do setor de base florestal mato-grossenses quanto ao seu papel na conservação ambiental.

Segundo dados da Sema, durante esses meses, dos 45 planos de manejo florestal, com esplanada principal cadastrada, em vinte e dois municípios, o volume de toras transportadas foi de 51.987 m³. O saldo foi positivo para o setor que, através do sistema do Cadastro de Consumidores de Recursos Florestais (CC Sema) pode operar normalmente e sem burocracia a comercialização da madeira já estocada nas esplanadas. Isto garantiu o produto no mercado, não acarretando problemas aos outros setores que utilizam diretamente a madeira.

A superintendente da Gestão Florestal da Sema, Suely Bertoldi, avaliou a parceria da secretaria com o setor florestal durante o período. “Atendemos a Resolução do Conama e, ao mesmo tempo, aos anseios da sociedade e do setor, que não parou sua comercialização, utilizando nosso sistema como ferramenta”.

Umas das preocupações, no início do período restritivo, foi com relação aos trabalhadores que desenvolviam atividades dentro da floresta, mas a questão foi sanada com a transferência de grande parte deles para áreas administrativas. Assim, o vínculo empregatício não foi interrompido e nenhum problema social foi gerado.

Para o empresário Ricardo Mastrangelli, uma forma de auxiliar neste deslocamento de atividades é adequar um calendário de cursos de capacitação, que são ofertados normalmente durante o ano, “o ideal seria aproveitarmos o período para capacitar o pessoal, assim, nos adequamos ao processo e ainda valorizamos nosso funcionário”.

Para Júlio Bachega, diretor executivo do Cipem, o sucesso do período “se deu pela organização e planejamento do setor, que se preparou com estoques e remanejou pessoal, para não acontecer o desemprego ou faltar madeira no mercado”.

Câmara Técnica Florestal

A Câmara Técnica Florestal de Mato Grosso é um fórum democrático de discussão que busca, em caráter suplementar, atender ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em consonância com as demandas dos setores diretamente envolvidos com a floresta.

Atualmente fazem parte da câmara, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio de Mineração (SICME), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Mato-grossense de Engenheiros Florestais (AMEF), Associação dos Reflorestadores do Estado de Mato Grosso (Arefloresta) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).





URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/23683/visualizar/