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SEGURANÇA
Segunda - 15 de Março de 2010 às 11:28

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Policiais civis fazem treinamento de tiro.
Policiais civis fazem treinamento de tiro.

Noventa policiais civis da região metropolitana participam do curso de Tiro Policial, oferecido pela Academia de Polícia Judiciária Civil (Acadepol), com o objetivo de reciclar e aprimorar o conhecimento das técnicas do tiro defensivo de preservação da vida, do método Giraldi. Para este ano a Acadepol programou 18 cursos de tiro destinado à formação de 540 profissionais de todo o Estado. O curso é um dos mais concorridos da carreira policial.

Conforme o diretor geral da Polícia Judiciária Civil, José Lindomar Costa, o treinamento objetiva manter a capacitação continuada do policial, “para que ele esteja sempre treinado e apto a executar sua atividade com segurança e eficácia”.

O treinamento envolve atividades como fundamentos de tiro, posições de tiro (em pé, ajoelhado, agachado e conversões angulares), armamento e munições, montagem e desmontagem da arma e limpeza do armamento. O instrutor e major da Polícia Militar, Rhaygino Sarly Rodrigues Setúbal, que há 12 anos dá instruções para as Polícias Rodoviária Federal, Militar e Civil, disse que na pista policial de instrução o policial vivencia situações do seu dia a dia, que podem encontrar no atendimento de uma simples ocorrências ou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão. “Capacitamos o policial para desenvolver a atividade com segurança, sempre com foco na preservação da vida e na aplicação da lei”, explica. “É estar preparado para agir no dia a dia e desenvolver a atividade com segurança”, complementa.

A capacitação dura cinco dias com carga horária de 40 horas/aulas, para cada turma de 30 alunos. O curso está na terceira turma da Capital e partir do dia 22 inicia a capacitação para 30 policiais em Rondonópolis. Na instrução os policiais manuseiam armas que utilizam no seu cotidiano. São armas da Polícia Judiciária Civil, como o revólver calibre 38, a pistola ponto 40 e a espingarda calibre 12. “O policial faz o curso com a arma que trabalha e treina com o equipamento que ele faz uso”, salienta o major Setúbal.

Para o instrutor, mesmo com experiências no manuseio da arma, a capacitação continuada é importante porque é onde o policial “revê e aplica o conhecimento técnico em ocorrências”.

Uma das modalidades do curso, são os alvos verbalizados, neutros, amigos e inimigos. Este é dividido em atirável e não atirável. No método da verbalização, o policial comunica com o bandido dentro de técnicas. Com experiência de mais de 15 anos na área, o instrutor Paulo César Delfino, diz que o método é reconhecido pela Unesco e utilizado em diversos países devido à diminuição do número de policiais mortos e também o de reféns durante ocorrências com vítimas. “Método focado para policial de rua”, afirma.

O investigador Marcos Aurélio Tibalde Magosso, participou da primeira turma do treinamento. Ele disse que o curso ofereceu técnicas já utilizadas no cotidiano policial, como a verbalização, que mesmo sem saber era usada no adentramento de uma residência, por exemplo. “É o que a gente faz todo o dia, porém não tínhamos a técnica correta”, argumenta. “Quanto estamos na rua precisamos saber o momento certo de entrar numa casa de maneira correta e segura e perceber quando a situação saiu de controle para acionar o CIOSP”, explica o investigador.

O instrutor Paulo César elogiou o aproveitamento dos policiais que estão na capacitação. “Principalmente do público feminino. As mulheres
absorvem bem as técnicas”, frisa. “Os veteranos também estão com bom rendimento”, complementou.

A escrivã Neuliane do Prato e Silva foi uma das policiais capacitadas na segunda turma do curso de tiro. “A gente precisa ter firmeza no manuseio da arma. Não adianta ter uma arma e não saber utilizar”.

Quanto à arma utilizada o instrutor foi enfático no domínio das especificidades de cada armamento. “O policial é o primeiro a chegar à ocorrência, por isso precisa ter domínio da arma que utiliza”, finaliza.

Método Giraldi

O método Giraldi, é um dos procedimentos mais difundidos pelas academias de polícia do Brasil, por ser uma técnica que se baseia na preservação da vida, do policial, do cidadão e do bandido. A técnica do tiro defensivo de preservação da vida tem por finalidade proporcionar uma capacitação de excelência a todos os policiais. Sempre com equilíbrio, observância das leis e conhecimento técnico-profissional de qualidade.

A técnica foi desenvolvida pelo coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Nilson Giraldi, daí o nome do método "Giraldi", adotado no treinamento dos agentes da Segurança Pública brasileira na área que ele chama de "Tiro Defensivo para Preservação da Vida".





Fonte: PJC-MT

URL Fonte: http://toquedealerta.com.br/noticia/24065/visualizar/