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MEIO AMBIENTE
Terça - 22 de Março de 2016 às 14:03
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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 Em Cuiabá só existem dois prédios ecologicamente corretos com sistema para captação e uso de águas pluviais: a Arena Pantanal, cuja capacidade de armazenamento é de 50 mil litros, e a sede da Assembleia Legislativa, onde os reservatórios têm capacidade total para 700 mil litros, volume suficiente para atender a demanda da Casa durante pelo menos quatro meses, no período de seca, para irrigação de jardins e limpeza externa.

O primeiro reservatório do Parlamento matogrossense está situado sob a torre de TV e armazena 250 mil litros. O outro, no subterrâneo do estacionamento frontal ao Teatro Zulmira Canavarros, comporta 450 mil litros – este conta com filtros de fabricação alemã que procedem à pré-limpeza da água de chuva, que pode ser utilizada nas instalações sanitárias do prédio. Ambos já atingiram a capacidade máxima e atenderão à demanda nos meses de julho, agosto, setembro e outubro.

 A água reaproveitada também poderá  ser utilizada, em caso de eventual emergência, pelo Corpo de Bombeiros.

“Nos edifícios hoje construídos no Brasil, tanto públicos quanto particulares, a água tratada que vai para as torneiras é a mesma que vai para as descargas, o que é um absurdo. Os novos projetos e novos arquitetos devem prever o uso de dois tipos de água: água tratada para as torneiras e água aproveitada de captação de chuva para descarga sanitária. Esse nosso prédio é pioneiro no estado”, lembra o arquiteto Adilson Moreira, assessor técnico da Superintendência de Contratos e Convênios do Legislativo estadual. 

PROJETOS DE LEI - Além do bom exemplo institucional da Casa, os parlamentares também estão atentos à normatização legal a fim de preservar o precioso líquido vital à própria existência humana.

A deputada Janaína Riva (PMDB) apresentou propositura a fim de instituir campanha permanente de incentivo à redução do consumo de água. Conforme a proposta, os órgãos públicos devem promover campanhas educativas a fim de educar os cidadãos ao uso racional do bem, nas cozinhas, lavanderias, banheiros, quintais, áreas de lazer.

Ela também quer tornar obrigatória a instalação de sistemas para aproveitamento da pluviosidade abundante no estado em instituições públicas.

“Acreditamos que a implementação destas proposições contribuirá para ampliar a consciência relativamente à necessidade de reduzir o consumo de água e aproveitar a fartura de chuvas em Mato Grosso”, justifica a parlamentar.

Dilmar Dal Bosco propôs a obrigatoriedade para empresas especializadas em lavagem de automóveis, da instalação de cisternas para armazenamento da água pluvial.

“A cisterna é uma tecnologia popular para a captação de água de chuva e representa uma solução de acesso a recursos hídricos para a população”, argumenta o deputado.

Preocupado com a preservação dos mananciais hídricos, o deputado Mauro Savi (PSB) propõe o uso obrigatório de um material filtrante denominado Polietileno de Alta Densidade (PEAD) nas tampas e proteções das chamadas bocas de lobo, coletoras de águas pluviais em todo o estado.

“Esta medida irá reduzir danos ambientais e vai preservar a qualidade da água nos rios mato-grossenses, já tão maltratada pela deficiência do saneamento básico”, explica.

Também o direito universal à água é objeto das proposições no Parlamento de Mato Grosso.

Em consonância ao Código de Defesa do Consumidor, projeto de lei apresentado pelo Coronel Taborelli (PSC) dispõe sobre a ininterrupção do fornecimento de água a trabalhadores comprovadamente desempregados.

“Desta forma, as famílias mato-grossenses estarão resguardadas sobre investidas das empresas de abastecimento de água que utilizam do corte como forma de obrigar o consumidor a pagar a fatura”. 





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