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POLÍCIA
Terça - 22 de Março de 2016 às 07:56
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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Quatro jornalistas acusados de integrar a organização criminosa investigada no inquérito policial da operação Liberdade de Extorsão foram indiciados pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil (Defaz). As investigações integram a operação Carga Máxima da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Os envolvidos responderão pelos crimes de extorsão, violação de sigilo funcional e organização criminosa. Entre os indiciados estão quatro jornalistas do Grupo"Millas Comunicação, que administram os veículos de comunicação Centro-Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias,

Os indiciados Antônio Carlos Millas de Oliveira, dono do Jornal Centro-Oeste Popular, seus filhos Max Feitosa Millas, dono do Notícia Max, Maycon Feitosa Millas e o editor-chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília, Naedson Martins da Silva, estão presos por força de mandado de prisão preventiva, desde o dia 12 de março quando foi deflagrada a operação.

O jornalista Antônio Peres Pacheco e o auditor fiscal da Prefeitura de Cuiabá, Walmir Correa, foram presos temporariamente (5 dias), no dia 12 de março, e liberados após prestarem esclarecimentos que contribuíram para as investigações.

O inquérito policial indiciou os suspeitos pela coação das vítimas, que eram obrigadas a pagar quantias vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas.

Nas oitivas ficou constatado que os jornalistas acessavam de dentro das suas empresas dados sigilosos da base do ISS da Prefeitura Municipal, utilizando login e senha de servidores públicos. O grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado era variável, dependendo da capacidade econômica de cada vítima.

De acordo com o delegado Anderson Veiga, essa primeira fase da operação foi concluída, mas as investigações continuam, uma vez que vários documentos foram apreendidos e serão analisados, podendo surgir novas evidências. “Como se trata de réus presos, tínhamos prazo para concluir essa fase, mas as investigações prosseguem, com a possibilidade de novos fatos e surgimento de outros suspeitos”, destacou. 




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