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PARALISAÇÃO
Terça - 25 de Abril de 2017 às 12:14

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Ronei de Lima, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Mato Grosso, ao lado de membros de sua diretoria.
Ronei de Lima, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Mato Grosso, ao lado de membros de sua diretoria.

A Nova Central Sindical de Trabalhadores de Mato Grosso (NCST-MT) estará presente na concentração pela paralisação nacional convocada pelas centrais para a próxima sexta (28). Em Cuiabá, a concentração das lideranças sindicais será na Praça Ipiranga, à partir das 6 h., onde diretores da NCST-MT e das 37 entidades sindicais filiadas à NCST-MT, juntamente com as demais centrais sindicais, estarão chamando a atenção de toda a sociedade para as medidas impopulares que têm sido tomadas pelo governo de Michel Temer, sem consulta aos trabalhadores e à população, em desrespeito à democracia.

A paralisação tem caráter nacional. O chamado das centrais sindicais é para que nenhum trabalhador compareça ao trabalho nesta sexta-feira.

A paralisação é um protesto contra as PECs 241/2016 (reforma trabalhista) e 287/2016 (reforma da previdência) que, segundo os trabalhadores, representam um retrocesso histórico nas conquistas trabalhistas e irão prejudicar as próximas gerações, significando um passo atrás no desenvolvimento do país.

Os trabalhadores também vão mostrar seu repúdio à aprovação do PL 4302, que permite a terceirização na atividade-fim, que significará a precarização das relações de trabalho, pondo em risco direitos como férias, décimo terceiro e descanso remunerado.

Fundada em 2008 em Mato Grosso, a NCST-MT reúne 37 sindicatos e 4 federações filiados, que representam trabalhadores nas seguintes áreas: indústria de produção de materiais plásticos, madeireiras, construção civil, transporte, setor hoteleiro, condomínios, trabalhadores rurais, fabricação de álcool, vestuário e têxtil, alimentação, construção e mobiliário, comércio, enfermagem, engenharia e turismo, além de servidores públicos.

Reforma trabalhista

A principal crítica das entidades sindicais à reforma trabalhista é a proposta de que os contratos negociados individualmente se coloquem acima do que está previsto na legislação, o que vai acentuar a precarização das condições de trabalho.

Também é criticada a proposta de aumento da jornada de trabalho parcial de 25 para 30 horas semanais, a aprovação da desobrigação de pagamento do piso salarial da categoria e a redução do horário de almoço de uma hora para 30 minutos.

Reforma da previdência

Quanto à reforma da previdência, a principal crítica é o aumento da idade mínima para a aposentadoria, que passaria a ser de 65 anos, com alteração do tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos para homens e mulheres da área urbana e rural. Para os deficientes, a idade mínima seria de 60 anos.

Outra crítica é contra o tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral, que pela PEC 287, seria de 49 anos, ou seja, para ter direito ao benefício, o trabalhador terá que ter contribuído ininterruptamente desde os 16 anos!

A PEC propõe ainda aumento da idade mínima para acesso a benefícios de Prestação Continuada, que passara de 65 para 70 anos.





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