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POLÍTICA
Terça - 17 de Outubro de 2017 às 16:22
Por: Redação TA c/ Assessoria

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Deputado Federal Rogério Silva (PMDB-MT)
Deputado Federal Rogério Silva (PMDB-MT)

Deputado Federal Rogério Silva (PMDB) abordou na Câmara, em Brasília, a inércia da Odebrecht, empresa citada na Operação Lava Jato, responsável pela Rota do Oeste, que venceu há alguns anos o processo de concessão de parte da BR-163, implantando pedágios e prometendo melhorias na malha viária da principal rodovia que corta o estado.

Para ele, a rodovia, que ainda tem trechos sem asfalto, sofre os desgastes provocados pelo tempo e pelo tráfego de quem não tem outra opção de viagem. Rogério considera inadmissível a situação atual da BR-163, cuja duplicação ainda não foi concluída, mas mesmo assim o pedágio já está sendo cobrado, “lesando o contribuinte”, afirmou.

A concessão das obras da BR foi vencida pela Odebrecht, porém, prejudicada pelo envolvimento da empresa na operação Lava-Jato da Polícia Federal. “No modal ferroviário, aguardamos ansiosamente pelo leilão da Ferrogrão, linha que ligará o município de Lucas do Rio Verde a Miritituba, ampliando a malha de transportes e criando uma alternativa à rota atual, que é pela terrível BR-163.”, disse Rogério. As regiões Centro-Oeste e Norte continuam muito carentes de investimentos, mesmo tendo se transformado em grandes produtoras agrícolas e geradoras de muitas divisas para o Brasil.

Para ele, há um gargalo logístico formado nos estados de Mato Grosso e do Pará para o escoamento da safra agrícola. “Essa preocupação, aliás, já é antiga e tem sido discutida em recorrentes encontros dos membros da bancada mato-grossense com autoridades e gestores do Ministério dos Transportes, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), entre outros.”, disse Rogério.

O parlamentar lembrou que o problema maior está no trecho da BR-163 que liga os municípios de Miritituba, no Pará, e Sinop, no Mato Grosso. A rota é essencial para o transporte da produção agrícola até os terminais aquaviários, de onde pode seguir em barcaças até os portos de Santarém e de Barcarena. Há outros trechos em situações críticas entre os dois estados, e isso tem levado caminhoneiros e empresas de frete a optar pela rota de escoamento para os portos de Santos e de Paranaguá, que é mais longa e custa mais caro.

Um retrato dessa lamentável realidade foi estampado na revista CNT Transporte Atual, editada pela Confederação Nacional do Transporte, em agosto passado. A reportagem revela as dificuldades que têm sido enfrentadas pelos motoristas que se arriscam a trafegar pelas estradas da Região Norte, bem como a situação em que se encontram os portos, os terminais de uso privado e as ferrovias que servem – ou deveriam servir – para dinamizar a logística do transporte de grande parte da produção agrícola nacional.

Um levantamento da CNT indicou que, no ano passado, os terminais aquaviários da Região Norte funcionaram com 45% de ociosidade. E isso tem acontecido porque faltam investimentos nas rodovias e ferrovias que levam os carregamentos até as hidrovias.

Os cinco terminais portuários de Miritituba têm capacidade para receber até 350 caminhões carregados por dia, mas não recebem mais do que 250. Isso se deve ao fato de os transportadores preferirem fazer trajetos mais longos, rumo ao Sul e Sudeste, em vez de se arriscarem nas crateras e trechos sem pavimentação das estradas do Norte.

Com informações de Caminho Político





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