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SAÚDE
Sábado - 21 de Outubro de 2017 às 08:40
Por: Redação TA c/ SES-MT

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Ascom-SES/MT

O Governo de Mato Grosso aderiu à Semana Nacional de Mobilização de combate ao mosquito Aedes Aegypti, promovida pelo Ministério da Saúde, de 23 a 27 de outubro. O objetivo é alertar à população durante este período sobre a importância de combater o mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, já antes do verão, período do ano quando acontece o maior volume de chuvas, o que facilita reprodução do Aedes aegypti. Ao todo, serão mobilizadas no país 146.065 escolas da rede básica, 11.103 centros de assistência social e 53.356 unidades de saúde.

Em Mato Grosso, o governo criou a Sala Estadual de Mobilização composta de representantes das áreas da Saúde, Setas (Secretaria de Estado do Trabalho e Assistência Social), Defesa Civil, COSEMS (Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde) e Vigilância em Saúde. A equipe tem a finalidade de mobilizar entidades públicas e privadas como aliados nessa luta contra as doenças causadas pelo mosquito

Programação na SES

Durante a semana, a Vigilância estará fazendo visitas às salas da SES, dando orientações para o corpo técnico e no dia 25 – quarta-feira – haverá uma roda de conversa a partir das 13h30 no saguão do prédio da SES com os servidores. Além de palestras e da apresentação de vídeos educativos, um laboratório vivo mostrará o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti (ovo, larva e mosquito), e também será detalhado para os profissionais de saúde da SES a situação epidemiológica e entomológica do mosquito da dengue no Estado.

No dia 26 de outubro (quinta-feira) a mobilização será com o servidores da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) e dia 27, com os servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “É importante esse envolvimento das secretarias, essa mobilização. Também estarão mobilizadas 1.273 escolas municipais que aderiram ao Programa Saúde na Escola e que estão inseridas nesse processo educativo para que aconteça a redução do índice de infestação do vetor em mato grosso”, observou a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Ludmila Sophia de Souza.

Nos municípios, cada secretaria Municipal de Saúde irá definir sua programação durante a Semana Nacional de Mobilização. “Ao final da Semana de Mobilização, cada município deverá fazer um balanço das atividades e ações desenvolvidas e deverá inserir estas informações no link do FormSUS, um serviço do Datasus. Este link conterá todas as informações de cada Estado”, explicou Ludmila.

Sala Nacional

Instalada para o enfrentamento à Microcefalia, desde o final de 2015, a Sala Nacional de Coordenação e Controle é coordenada pelo Ministério da Saúde e tem como objetivos gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Uma das ações realizadas em conjunto com estados e municípios é a realização de visitas aos imóveis com objetivo de vistoriar e eliminar possíveis focos do Aedes Aegypti, além de orientar a população sobre prevenção e combate ao mosquito. No primeiro semestre deste ano, foram vistoriados mais de 151,8 milhões de domicílios particulares e coletivos, estabelecimentos de ensino, estabelecimentos de saúde, estabelecimento de outras finalidades e edificação em construção no País.

Dados da incidência no país

As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm tido queda expressiva em todo Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico, até o dia dois (2) de setembro deste ano, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução de 85,2% em relação ao mesmo período de 2016 (1.483.623).

O mesmo estudo mostrou que foram registradas 171.930 notificações de casos prováveis de febre Chikungunya. A redução é de 34,2% comparado ao ano anterior, que atingiu o número de 261.645 casos. Em relação ao Zika, os casos caíram 92,6%. Foram registrados 15.586 casos prováveis em todo país, enquanto em 2016, o Brasil registrou 211.487 notificações. A incidência reduziu 92,5%, passando de 102,6 em 2016 para 7,6 neste ano.

Mesmo com o registro de quedas nas notificações, em todo o País mais de 210 mil unidades públicas e privadas estão sendo mobilizadas pela Sala Nacional de Coordenação e Controle, que reúne os ministérios da Saúde, da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social e da Educação, a Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados.

Dados de incidência em MT

O último Boletim Epidemiológico divulgado pela Vigilância Epidemiológica da SES, que monitorou os casos de dengue, febre chikungunya e zika entre 1º de janeiro e 14 de outubro (41 semanas apuradas), mostrou que nesse período foram notificados 10.530 casos de dengue, uma redução de 61% comparado ao mesmo período em 2016 que registrou 26.877 casos. Já os casos de zika tiveram uma redução de 91% nos casos notificados, caindo de 24.435 em 2016 para 2.256 no período apurado em 2017. A febre chikungunya no período apresentou uma elevação de 138% no período, aumentando de 1.390 em 2016 para 3.315 casos nestas 41 primeiras semanas de 2017.

Comitês de Mobilização

Conforme a Vigilância Epidemiológica tem divulgado, a implantação de Comitês de Mobilização Municipais ajudará na identificação de problemas de saúde pública nos bairros e na circulação de informações e conhecimentos em saúde. O combate ao mosquito da dengue e a eliminação dos criadouros, passa pela conscientização da população, na adoção de práticas que preservem o ambiente domiciliar da infestação por Aedes aegypti. Daí a importância da veiculação de mensagens que tenham conteúdos educacionais e informativos explicando a respeito dos hábitos do mosquito, os locais de concentração do agente transmissor, os principais sintomas da doença e sinais de gravidade e orientando e recomendando a população para que, em caso da doença, recorra aos serviços de Atenção Primária à Saúde.





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