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CULTURA
Terça - 21 de Novembro de 2017 às 11:33
Por: Redação TA c/ SEC-MT

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Daniel Tapia
O trio vem difundindo, com intensidade, a utilização do violino em repertórios populares em uma reinvenção do violino brasileiro
O trio vem difundindo, com intensidade, a utilização do violino em repertórios populares em uma reinvenção do violino brasileiro

O título “Herz e o Violino Popular Brasileiro” adianta um pouco do que a Orquestra do Estado de Mato Grosso preparou para os concertos de novembro, dias 25 e 26, no Cine Teatro Cuiabá, às 20h. Sob regência do maestro Arthur Barbosa – titular da Orquestra Eleazar de Carvalho (CE) e regente da Ospa Jovem em Porto Alegre (RS) – a Orquestra de Mato Grosso exibe um repertorio inspirado na rica mistura de ritmos brasileiros tradicionais.

Formado por Ricardo Herz (violino), Michi Ruzitschka (violão 7 cordas) e Pedro Ito (percussão e bateria), Ricardo Herz Trio vem difundindo com intensidade, a utilização do violino em repertórios populares, ideia classificada por muitos críticos como a reinvenção do violino brasileiro.

A técnica utilizada leva ao instrumento o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Somam-se a técnica e a virtuosidade, suas experiências com a música erudita e popular brasileira. Sobre o trabalho de Herz, merecem destaque também, o domínio da improvisação do jazz, do choro e de variados ritmos brasileiros.

Entre as peças selecionadas para este concerto, destacam-se obras de ritmos populares brasileiros, além de outras duas obras que resultam da parceria de Ricardo Herz com Nelson Ayres e Michi Ruzitschka: “Cantigas e Cirandas do Cancioneiro Popular Brasileiro” e o rastapé/frevo, “Ladeira da Pilha”, respectivamente. Os outros destaques ficam por conta dos arranjos para o baião “Mourinho”, o choro “Minhoca”, a toada caipira “De ontem pra amanhã”, o chamamé “Chamaoque?” e a “Moda Miúda”.

A favor da sonoridade musical de Ricardo Herz, pesa ainda os expoentes da música popular brasileira: Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim, Dominguinhos – com quem já dividiu o palco - e Luiz Gonzaga. A propósito, a Orquestra de Mato Grosso, inclinada sempre a realizar grandes homenagens, lança os holofotes para os 70 anos da composição “Asa Branca”, de Gonzagão, tendo-a incluída nestes concertos de novembro.

Ao espetáculo cosmopolita de Herz, aplaudido em importantes salas de concertos do mundo, somam-se as obras originais do compositor, arranjador e maestro Arthur Barbosa. Para a abertura dos concertos de novembro a OEMT reservou três trabalhos do maestro (Passacaglia Pampeana, Milongon e Suite Scarpin), exibidos em países como EUA, Suíça, Áustria, Itália e Hungria, além de uma releitura da famosa “Oblivion”, de Astor Piazzolla.

A Temporada 2017 da Orquestra do Estado de Mato Grosso é uma realização do Governo de Mato Grosso por meio da Secretaria de Estado de Cultura e conta com patrocínios do Grupo Petrópolis, Agro Amazônia e Ihara. Apoio cultural, Amazon Plaza Hotel, Rühling Consultoria e Fisk Inglês e Espanhol.

Ricardo Herz Trio

Ricardo Herz Trio tem no seu DNA ritmo, originalidade, força e swing. Apresentando as músicas mais marcantes de seus trabalhos anteriores e as novas que integram o seu novo CD “torcendo a terra”, lançado começo de 2017 o trio está a todo vapor. Em 2016 encerrou como solista da Orquestra Municipal de João Pessoa o Festival de Música Clássica da cidade, com a Orquestra Municipal de Jundiaí, juntamente com o pianista e compositor Nelson Ayres, encerrou a temporada de 2016, realizou uma turnê na Bolivia e gravou seu novo trabalho, o “torcendo a terra”. O trio tem na bagagem de 2015 uma tour de 18 shows na França, outra de 10 shows pelo Brasil com patrocínio dos Correios e muitas outras apresentações.

Ricardo Herz, violino, Michi Ruzitschka, violão 7 cordas e Pedro Ito na percussão e bateria começaram seu relacionamento musical em 2001, alunos então da Berklee College of Music em Boston. Em 2010 estando todos de volta ao Brasil com diferentes experiências começaram a trabalhar o “Aqui é o meu Lá – Ricardo Herz Trio, CD lançado em 2012 e que levou o trio a festivais no Brasil e no exterior tais como Skopje Jazz Festival, na Macedonia, Miri Jazz Festival, na Malásia, Festival Jazz e Blues em Guaramiranga – CE, Festival Villa Lobos – RJ, Festival Jazz e Blues de Manguinhos – ES a diversas salas e centros culturais no Brasil e exterior. O Ricardo Herz Trio foi também o único grupo a representar o Brasil na seleção oficial do Womex – The World Music Expo 2012, em Tessalônica, Grécia, a mais importante feira de “música do mundo”. Igualmente, foi o único grupo brasileiro na Jazz Ahead 2013, em Bremen, Alemanha, uma das maiores feiras do mundo na area do jazz.

Herz reinventou o violino. Sua técnica leva ao instrumento o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim entre outros, o violinista mistura ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz mostrando a influência dos 9 anos em que viveu na França. Dali levou sua música para os 4 cantos do mundo: tocou em Festivais na Malásia, no México, na Holanda, em clubes de Jazz na Rússia, em Israel, na Dinamarca e gravou com músicos de diversos países.

Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação também vem da renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e da Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês Didier Lockwood, uma lenda do violino jazz. Com Lockwood, tocou nas principais capitais brasileiras durante as celebrações do Ano da França no Brasil.

De volta ao Brasil desde 2010, Herz tem participado de muitos projetos e colaborado com músicos de todo o país. Em 2011, se apresentou como solista ao lado de Dominguinhos, abrindo a temporada anual da Orquestra Jazz Sinfônica no Auditório Ibirapuera. Formou um duo com o vibrafonista, multi-instrumentista e compositor mineiro Antonio Loureiro (com quem acaba de lançar um CD) e foi selecionado no Rumos Música 2010-2012, do Itaú Cultural, onde nasceu mais um duo, desta vez com o gaúcho Samuca do Acordeon. Com a camerata Cantilena Ensemble tem tocado o repertório do seu disco infantil. Ricardo também tem dedicado parte de seu tempo no ensino e difusão do violino popular.

Atualmente apresenta-se com o Ricardo Herz Trio no Brasil e no exterior misturando o repertório de seus trabalhos anteriores com músicas inéditas que estarão em seu proximo trabalho o disco “torcendo a terra”. Dedica-se também ao lançamento do seu cd em duo de violino e vibrafone “Herz e Loureiro”, com o vibrafonista e compositor mineiro Antonio Loureiro e com o lançamento futuro do seu CD em duo com Samuca do Acordeon.

Arthur Barbosa, regência

“A força do Sul reside na Sinfonia Brasileira”. Com este título, o jornal austríaco “Karntner Tageszeitung”, abre sua crítica musical do dia 24 de maio de 2008, referindo-se ao extremo sucesso e à calorosa acolhida com que foi recebida dita obra em sua estreia europeia realizada naquele país.

Violinista, compositor e regente, Arthur Barbosa iniciou seus estudos de violino em 1977, ainda criança, em Fortaleza, com Alberto Jaffé. Em 1987, ingressa no curso de Bacharelado em violino na UFPB (João Pessoa) onde foi aluno de Yerko Tabilo.

Teve aulas com grandes violinistas entre os quais destacam-se Alberto Jaffé, Ayrton Pinto e Josef Gingold. Foi primeiro violino do quarteto de cordas da UFPB entre 1987 e 1991. Como violinista possui uma vasta experiência orquestral, inclusive como Spalla, havendo tocado em mais de dez orquestras profissionais, entre as quais Orquestra Sinfônica da Paraíba, Orquestra Municipal de Campinas, e no exterior, Orquestra Filarmônica de Santiago (Chile), Orquesta de San Luis (Argentina) e ingressou na Ospa em 1998.

Compõe desde os 14 anos e se considera autodidata, apesar de ter feito inúmeros cursos com professores renomados. Em 1989 começou a estudar regência e entre os professores com os quais teve aulas em festivais está Eleazar de Carvalho, grande regente brasileiro. Tem trabalhado regendo suas próprias obras acadêmicas, criações para teatro e dança, além de repertório orquestral tradicional. Foi por mais de dez vezes indicado a vários prêmios no Rio Grande do Sul e foi ganhador dos prêmios Açorianos em 2005 e 2010. Teve seu CD autoral “Concerto Incidental” como um dos selecionados para o 23º Prêmio da Música Brasileira.

Suas obras têm sido executadas em mais de quinze países incluindo Estados Unidos, Argentina, Suíça, Áustria, Itália, Hungria, entre outros. Em novembro de 2005 teve sua obra “Sinfonia Brasileira” estreada mundialmente nos Estados Unidos com a orquestra Symphony of the Americas e em novembro de 2007 teve outra estreia mundial nos EUA, desta vez com seu Concerto para Violino e Orquestra no estado do Mississipi.

De 2003 a 2013 ocupou o cargo de Compositor Residente do festival Música nas Montanhas, de Poços de Caldas – MG (Brasil) e de 2010 a 2013 o mesmo cargo no Festival Música no Pampa, em Bajé- RS, tendo assim a oportunidade de estrear obras de sua autoria todos os anos. Em seu catálogo de composições acadêmicas constam mais de cem obras, entre elas sinfonias, concertos, overtures, trios, quartetos e peças para cordas, sopros, opereta e mais uma série de outras formações.

Atualmente trabalha com frequência como regente convidado em orquestras no Brasil, nos Estados Unidos e Europa. Desde fevereiro de 2012, ocupa o cargo de Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Eleazar de Carvalho em Fortaleza (CE) e desde março de 2014 ocupa paralelamente o cargo de regente da Ospa Jovem em Porto Alegre (RS). Desde 2015 é um dos três membros representantes do setor de música na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, órgão vinculado ao Ministério da Cultura do Brasil.

SERVIÇO

Orquestra de Mato Grosso recebe Ricardo Herz Trio
25 e 26 de novembro
Sábado e domingo às 20h
Cine Teatro Cuiabá
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
Disponíveis na bilheteria do Cine Teatro Cuiabá na semana dos concertos
Vendas online em ingressosmt.com.br
Informações 65 3027-1824





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