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POLÍTICA
Terça - 22 de Maio de 2018 às 00:28
Por: Gazeta Digital

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Otmar de Oliveira
Selma vai recorrer de decisão do TJ
Selma vai recorrer de decisão do TJ

A juíza aposentada e pré-candidata ao Senado, Selma Arruda (PSL), afirmou, por meio da nota à imprensa, que deve recorrer da decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que determinou a suspensão, no prazo de 48 horas, da escolta fornecida para ela. Para Selma, a decisão “é desproporcional” ao trabalho executado por ela no Judiciário.

A decisão da comissão foi emitida nesta segunda-feira (21) e apontou que não se fazia mais necessária a escolta armada em razão de “não existir mais riscos à vida da magistrada” aposentada e de sua família, bem como ameaças “reais” identificadas.

A comissão apontou ainda que Selma descumpriu protocolos de segurança, usando a escolta para eventos políticos e fins particulares, em razão da “pública e notória” candidatura ao Senado. A comissão é formada pelo desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha e pelos juízes Maria Rosi Borba, Marcos Faleiros e Bruno D’Oliveira Marques, além do coronel Benedito Ferreira.

Conforme a magistrada, a suspensão é “desproporcional” ao trabalho feito nos 22 anos de atuação na Justiça Criminal no Estado. Selma atuou como juíza da Vara Contra o Crime Organizado da Capital e teve uma carreira marcada por julgar políticos corruptos e organizações criminosas, especialmente de membros da facção criminosa Comando Vermelho.

“Desde setembro de 2015 sendo alvo de ameaças, é escoltada por policiais militares, que se revezam para protegê-la 24 horas por dia. A juíza Selma Arruda vai utilizar todos os recursos cabíveis para contestar a decisão”, escreveu.

Selma apontou ainda que a decisão da comissão é contrária ao parecer da Coordenadoria Militar do próprio Tribunal, que opinou pela retirada gradual do benefício nos próximos 6 meses e não de imediato. A juíza aposentada rebateu ainda as acusações de que descumpriu protocolos de segurança, usando a escolta para eventos políticos e fins particulares, em razão de sua pré-candidatura.

Ela lembrou o caso do juiz federal Odilon de Oliveira (PDT), pré-candidato ao Senado em Mato Grosso do Sul, que também atuou em ações de combate ao crime organizado e, após a aposentadoria, teve direito à manutenção de escolta policial por prazo indeterminado.

Além do juiz federal, Selma citou ainda que o próprio governador Pedro Taques (PSDB) também teve a escolta da Policia Militar do Estado durante as campanhas ao Senado Federal e depois ao governo de Mato Grosso em que concorreu.





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