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POLÍTICA
Quinta - 31 de Maio de 2018 às 17:22
Por: Pablo Rodrigo, repórter do Gazeta Digital

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Otmar de Oliveira

O suplente de deputado Ademir Brunetto (PT), questionou o entendimento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT), de que a Casa poderia funcionar com 23 deputados, já que Mauro Savi (DEM) se encontra preso desde o dia 9 de maio por conta da 2ª fase da Operação Bereré, denominada Bônus, deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco-Criminal).

"É um absurdo este entendimento. A Procuradoria está errada nisso. O Parlamento não poderia apenas com 23 deputados. Se isso fosse sério era para ter me convocado já", disse Brunetto que é o suplente na vaga de Savi.

Para ele, a decisão em não convocar um substituto para a vaga de Savi seria uma espécie de corporativismo e solidariedade dos parlamentares com o deputado que se encontra preso no Centro de Custódia da Capital.

"Eu não posso fazer nada. Só posso esperar. Mas não teria problema em me convocar. O que não pode é o povo ter escolhido 24 deputados e a Assembleia entender que não precisa de 24, que 23 já está bom", argumentou.

"Eu não vou entrar na justiça. Espero o bom senso apenas. E quando ele retornar ou volto para suplência. Não teria problema". completa.

O presidente da AL, deputado Eduardo Botelho (DEM), já avisou que vai seguir o entendimento da Procuradoria Legislativa. "Eles entendem que não há prejuízo nos trabalhos se ficarmos apenas com 23 deputados. Então eu vou seguir a orientação", disse.

Nos bastidores, as informações são de que alguns parlamentares temeriam uma "rebeldia" de Savi, que poderia entender a convocação da suplência como um sinal de "abandono" pelos colegas de parlamento.

Outra preocupação, seria o fortalecimento da oposição ao governo Pedro Taques (PSDB), já que Brunetto é filiado ao PT e deverá integrar a oposição ao Paiaguás.

Enquanto Brunetto não é convocado, as sessões do Legislativo continuam. Mauro Savi teve o pedido de revogação da prisão negado no pleno do Tribunal de Justiça (TJMT) por 16 desembargadores. Porém, o julgamento não foi concluso por conta do pedido de vista do desembargador Marcos Machado. Independente do voto de Machado e outros 13 magistrados, a tendência é que o recurso seja negado.

Savi deverá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar rever a prisão imposta pelo desembargador José Zuquim Nogueira a pedido da Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso (PGJ-MT).





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