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POLÍTICA
Terça - 19 de Junho de 2018 às 17:00
Por: Redação TA c/ Assessoria

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Assessoria

“A audiência pública para discutir o futuro Parque Nacional de Chapada dos Guimarães foi um sucesso. Superou todas as nossas expectativas. Praticamente todos os convidados compareceram. O objetivo foi atingido. Nós vamos continuar debatendo o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães”, disse o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), ao final da audiência pública no plenário Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na noite de segunda-feira (18).

Foram mais de cinco horas de debate, que começou às 14h30, com a sociedade civil, comerciantes, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ministério Público do Estado, guias de turismo, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), entidade que administra hoje o parque; Câmara de Chapada dos Guimarães, Câmara de Cuiabá, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Prefeitura de Chapada dos Guimarães e a Câmara Federal.

A audiência pública “Estadualização do Parque Nacional de Chapada”, presidida pelo deputado estadual Wilson Santos, foi criada com o objetivo de debater a situação do local. Segundo o parlamentar, o parque, criado há quase 30 anos, no governo de José Sarney, metade dos proprietários do local não foran indenizado, há denúncias de truculência, destruição de patrimônio e o ICMBio reclama que não tem a estrutura necessária para gerir o parque.

“Estou hoje aqui para atuar como moderador. Nós queremos democratizar este debate para que todos tragam sugestões e para que nosso objetivo seja atingido”, observou.

Participante do debate, o deputado federal Valtenir Pereira (MDB) elogiou a iniciativa de Wilson Santos, e se colocou à disposição para ajudar com emendas parlamentares o local. Pereira também destacou a importância de manter o diálogo aberto sobre a situação do parque com a comunidade, o ICMBio e as autoridades.

“Nós precisamos encontrar alternativas para criar renda, emprego e manter a conservação do parque”, disse.

A empresária e jornalista, Lauristela Guimarães, que participou do debate, disse que é necessário que esse tema seja discutido constantemente. Ela argumentou que o Parque está de costas para o município de Chapada dos Guimarães, o que estaria causando grandes transtornos para o turismo local.

A comerciante Simoni Guerreiro, proprietária do Apiário Buriti, também ficou satisfeita com o debate. “Achei muito bom. Também é um momento orientações para o nosso pessoal. Queremos mais essa proximidade. Nós queremos preservar, não queremos destruir”, pontuou.

Cerca de 180 mil pessoas visitam o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães por ano, ficando em quinto lugar como um dos locais mais visitados do país.

MPF E MPE - Antes mesmo do início da audiência pública, os Ministérios Públicos Federal e Estadual encaminharam nota se colocando contrários à proposta do tema. O MPF não mandou representante. O promotor de Justiça de Chapada dos Guimarães, Leandro Volochko, participou do debate.

“A nota dos Ministérios já era esperada. Nós já conhecíamos a posição, não causou nenhuma surpresa e também não vai arrefecer o nosso ânimo, nosso desejo de continuar discutindo o papel do Parque. Já estamos preparando a segunda audiência pública que vai ser realizada em agosto. Pretendemos trazer aqui representantes de parques nacionais e internacionais, com gestões eficientes, de sucesso, com grau de satisfação elevado da população. Nós não vamos permitir que o Parque Nacional continue de costas para Chapada, de costas para sociedade. Ele tem de cumprir as funções para qual foi criado, que é promover a pesquisa científica, a exploração racional do turismo ecológico e a preservação ambiental. Vamos dar encaminhamento a muitas decisões tomadas nessa audiência pública”, afirmou Wilson Santos.





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