Selma Arruda pede busca e apreensão contra ex-assessora de imprensa; juiz nega

Senadora eleita por Mato Grosso, a juíza aposentada Selma Arruda (PSL) solicitou busca e apreensão do celular de uma de suas ex-assessoras de imprensa. O pedido foi negado pelo juiz eleitoral Paulo Cezar Sodré no dia 5 de outubro.

De acordo com o requerimento, Selma Arruda acusou a jornalista de usar o próprio celular para espalhar "fake news" com o número 171.

"A mensagem claramente tenta levar aos eleitores a erro, vinculando a figura da Candidata Requerente com o número de legenda 171, e portanto, na gíria popular, como mentirosa. Pois é sabido que no Código Penal o artigo 171 se refere ao crime de estelionato”, diz trecho do pedido formulado ainda durante as eleições.

Mesmo com os argumentos de Selma, o magistrado não entendeu a urgência no pedido. "A prova poderá ser produzida a qualquer tempo durante a instrução processual da demanda principal", afirma a decisão.

A jornalista processada deixou a campanha de Selma e passou a atuar na campanha do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que também disputava o senado e era desafeto da magistrada.

Essa não é a primeira vez que Selma propõe ação contra jornalistas. Ainda durante a campanha, ela chegou conseguir uma decisão contra o jornalista Marcelo Duarte, conhecido como Marcelo Marreta, para que ele retirasse um vídeo publicado no próprio site.

Ainda quando era magistrada, Selma Arruda também ameaçou prender jornalistas que acompanhavam uma audiência de instrução por terem tirado foto do réu. Ela deu 30 segundos para a retirada das fotografias sob pena de mandar prender os profissionais.