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POLÍTICA
Terça - 11 de Dezembro de 2018 às 15:38
Por: Gazeta Digital

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João Vieira

Por 5 votos contra 4, a Câmara de Vereadores de Chapada dos Guimarães (67 Km ao norte de Cuiabá) acatou a denúncia contra a prefeita Thelma de Oliveira (PSDB) e instaurou Comissão Processante para examinar possível prática de improbidade administrativa.

Em sessão tumultuada, com grande participação da população, os vereadores Mariano Carlos (PSC), Carlinhos do PT, Netinho (DEM), Thomas Jeferson (PSDB) e a vereadora Rosa Lisboa (PR) votaram a favor da denúncia. Joair Siqueira (MDB), Aline Muniz (PT), Dudu (PSDB) e professora Cidu (PP) votaram contra.

Nas acusações, foram apontadas 6 irregularidades contra a tucana. Dentre elas, constam superfaturamento na aquisição de materiais de consumo, compra de gramas e mudas para jardim (no valor de R$ 150,8 mil) e suprimento de fundos (no valor de R$ 140 mil) supostamente direcionado.

Antes da votação, alguns vereadores defendiam que Thelma de Oliveira fosse afastada do cargo. Porém, parecer jurídico da Câmara entendeu que não seria possível, já que a chefe do Executivo tem o direito à ampla defesa. A Comissão Processante é composta pelo vereador Joair Siqueira e as vereadoras Aline Muniz e Rosa Lisboa.

A Comissão terá 5 dias para notificar a prefeita, que, após a notificação, terá 10 dias para apresentar sua defesa. Para o presidente da Câmara, vereador Benedito Edmilson de Freitas Filho, o Bozó (MDB), o processo é prejudicial ao município, porém, "diante das acusações é preciso apurar e punir os crimes cometidos".

"Ninguém quer que sua cidade passe por isso. Mas essas denúncias são apenas a ponta do Iceberg", disse.

Chapada dos Guimarães possui um histórico de afastamento de prefeitos, tanto pela Câmara de Vereadores, diante de denúncias formuladas por moradores, quanto pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). Os mais recentes que envolvem os antecessores de Thelma.

O Gazeta Digital relembra o caso do ex-prefeito José Neves, também do PSDB, afastado diversas vezes em 2014 até que renunciou ao cargo em março de 2015 e o então vice-prefeito Lisu Koberstain (MDB), que assumiu a função de prefeito.





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