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POLÍTICA
Domingo - 10 de Fevereiro de 2019 às 21:11
Por: Exame.com

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O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, criou uma candidata laranja para usar verba pública de R$ 400 mil durante as eleições de 2018, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada neste domingo.

Apesar de ter angariado apenas 274 votos no pleito, a “candidata” de Pernambuco Maria de Lourdes Paixão foi a terceira beneficiada que mais recebeu verbas do partido no ano passado, mais do que o próprio presidente eleito e a deputada Joice Hasselmann (SP), que teve 1,079 milhão de votos.

Segundo o jornal, a verba do fundo partidário da sigla foi enviado em 3 de outubro pela direção nacional do PSL para a conta de Maria de Lourdes, que é secretária administrativa do partido em Pernambuco. Sua prestação de contas sustenta que 95% dos R$ 400 mil foram usados para a impressão de 9 milhões de santinhos e 1,7 milhão de adesivos, às vésperas do pleito, em 7 de outubro. Todo esses materiais seriam distribuídos por quatro panfleteiros que ela diz ter contratado.

A reportagem da Folha, porém, visitou o endereço da gráfica em questão, que consta na nota fiscal e na Receita Federal, e não encontrou sinais de que ela tenha funcionado durante as eleições nos locais informados.

Contatada pelo jornal, Maria de Lourdes Paixão afirmou desconhecer as razões de ter sido agraciada com a terceira maior verba do partido e disse que não lembrava do volume nem do quanto gastou na impressão de material na gráfica.

O vice-presidente nacional do PSL, Antonio de Rueda, e o fundador da sigla, Luciano Bivar, disseram à Folha que têm pouca informação sobre a candidatura de Maria de Lourdes e negaram que se trate de manobra de fachada.





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