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ECONOMIA
Quinta - 14 de Março de 2019 às 16:07
Por: Redação TA c/ Assessoria

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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT) filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que realiza sistematicamente a Pesquisa sobre Endividamento das Famílias em Cuiabá, e também publica mensalmente a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), tem como objetivo revelar não apenas o aspecto econômico da sociedade, mas também traz uma contribuição para estudos relacionados ao comportamento social, pois o desequilíbrio do orçamento das famílias gera diversas consequências para o meio em que elas vivem.

Segundo o consultor econômico tributário da Fecomércio-MT, Múcio Ribas, além das consequências econômicas em termos pessoais e familiares, e dos graves problemas psicológicos e sociais que lhe estão associados, há um impacto direto do endividamento sobre o setor real da economia, que como resultado reduzirá o consumo, entre outros pontos negativos.

“Em uma sociedade livre é natural um endividamento saudável, ou seja, aquele que a pessoa, numa programação financeira tenha condições de honrar os compromissos assumidos, e lógico que percalços acontecem e sem aviso prévio, daí a necessidade de um cuidado especial no orçamento doméstico”, ressalta Múcio.

Na análise do consultor, em Cuiabá, o endividamento das famílias voltou a subir em Fevereiro/2019 (58,5%), depois de queda significativa em Janeiro/2019 (57,8%). Embora ainda menor que Fevereiro/2018 (61,2%) quando a crise era mais acentuada.

A pesquisa também mostra que o número de famílias cuiabanas que declararam não terem condições de pagar suas contas, caiu de 38.583 em Janeiro/2019 para 34.921 em Fevereiro/2019, inclusive diferente de uma tendência nacional que foi de aumento, revelando aí uma cautela dos consumidores.

O Cartão de Crédito continua sendo o principal tipo de dívida revelado pelos pesquisados, seguido pelos carnês e em terceiro lugar os créditos consignados.

As expectativas de crescimento da atividade econômica ainda são aguardadas com maior vigor, para se consolidar como permanente e reverter o grande prejuízo dos anos anteriores.

Pesquisa Nacional aponta que o percentual de famílias com dívidas aumenta em fevereiro

O percentual de famílias brasileiras que relataram ter algum tipo de dívida alcançou 61,5% em fevereiro, um aumento de 1,4 ponto percentual em relação aos 60,1% observados em janeiro deste ano e 0,3 ponto percentual maior em relação a fevereiro do ano passado, quando o indicador alcançou 61,2% do total de famílias. Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que o aumento, na comparação mensal, do percentual de famílias com dívidas é o segundo consecutivo, alcançando o maior patamar desde dezembro de 2017.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também aumentou em fevereiro de 2019, na comparação com janeiro, passando de 22,9% para 23,1% do total. Houve diminuição, porém, do percentual de famílias inadimplentes em relação a fevereiro de 2018, que havia registrado 24,9% do total. Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também aumentou na comparação mensal, passando de 9,1% em janeiro para 9,2% do total em fevereiro de 2019. O indicador havia alcançado 9,7% em fevereiro de 2018.

“Além da recuperação gradual do consumo das famílias, esperada para este ano, há um fator sazonal que deve ter influenciado neste resultado, que corresponde à incidência dos gastos extras de início de ano, ocasionando uma maior demanda por empréstimos. Entretanto, houve uma redução no comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas, tanto na comparação mensal quanto na anual, refletindo condições ainda favoráveis de juros e prazos”, explica Marianne Hanson, economista da Confederação.

Comprometimento com dívidas diminui

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64,9 dias em fevereiro de 2019 – estável em relação aos 64,9 dias de fevereiro de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses, sendo que 26,2% delas estão comprometidas com dívidas até três meses; e 29,7%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu na comparação anual, passando de 29,4% em fevereiro de 2018 para 29,1% em fevereiro de 2019, e 19,5% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.

Tipos de dívida: cartão segue na liderança

O cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar como um dos principais tipos de dívida por 78,5% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 13,9%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 9,8%. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito, por 78,8%, carnês, por 15,4%, e crédito pessoal, por 8,3%, foram os principais tipos de dívida apontados. Já para famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em fevereiro de 2019 foram: cartão de crédito, para 77,4%, financiamento de carro, para 17,7%, e financiamento de casa, para 15,9%.





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