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POLÍCIA
Sexta - 17 de Maio de 2019 às 12:13
Por: Redação TA c/ Assessoria

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Edileusa Mesquita, presidente do Sinpol-MT
Edileusa Mesquita, presidente do Sinpol-MT

O incêndio que destruiu totalmente uma viatura da Polícia Civil em Água Boa, município da região do Araguaia (750 KM de Cuiabá), a suspeita mais provável é que tal ato, ocorrido ontem (16), tenha sido praticado por marginais com a intenção de intimidar os investigadores de Polícia.

Para Edileusa Mesquita, presidente do Sinpol-MT (Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso), isso reflete as condições de trabalho precárias impostas aos policiais, principalmente aqueles que atuam em pequenos municípios.

Ela apontou o efetivo reduzido de investigadores lotados na maioria das cidades, que precisam realizar investigações, atender aos anseios da sociedade, executar as tarefas gerais do cargo e ainda cuidar da guarda patrimonial, como uma situação de risco para a Polícia. Segundo a presidente do Sinpol-MT, é lamentável constatar que os investigadores estejam vivendo uma situação de vulnerabilidade por culpa do Governo do Estado.

"Cabe ao Governo proporcionar segurança jurídica e preservar a integridade física dos policiais para continuar contando com a ação efetiva deles no dia a dia. Caso contrário, a população continuará convivendo com o aumento da marginalidade, tanto na Capital quanto no interior. Cuidar da segurança laboral e da integridade física dos policiais são dois pontos que o sindicato não abre mão e continuará cobrando com insistência do governo", argumentou a presidente

No município de Água Boa há apenas um investigador no plantão noturno, correndo grande risco, porque o crime organizado também atua naquela região. A qualquer momento uma delegacia pode ser invadida por criminosos, como aconteceu nesta quinta-feira. “E nós sabemos que um policial pode ser vítima desses marginais”.

O investigador de Polícia não tem seguro de vida, não tem seguro saúde, e muito menos assistência médica, ou seja, não conta com nenhum amparo oriundo do estado, a não ser o salário, e com a agravante de que não tem sido pago em dia, mas parcelado. “Que atuação o estado espera na preservação da segurança, se tem servidores desmotivados?”, indagou.





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