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Quarta - 19 de Fevereiro de 2020 às 19:59

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© ReproduçãoTV Brasil
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O grande mestre do cinema de terror brasileiro, o cineasta e ator José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, morreu hoje (19), em São Paulo. Ele tinha 83 anos. Segundo o hospital Santa Maria Maggiore, unidade Paraíso, Mojica morreu às 15h46, devido a uma broncopneumonia. Ele estava internado no hospital desde o dia 28 de janeiro.

Nascido em 13 de março de 1936, em São Paulo, segundo ele, uma sexta-feira 13, José Mojica Marins celebrizou no cinema brasileiro principalmente pelos seus filmes de terror, normalmente feitos com pouquíssimo orçamento e muita criatividade. Seu trabalho mais reconhecido e aclamado pela crítica é trilogia de terror, iniciada em 1964 com À Meia-Noite Levarei sua Alma, primeira aparição de seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão, pelo qual ficou para sempre conhecido.

O personagem, cujo nome real seria Josefel Zanatas, conhecido no exterior como Coffin Joe, era um agente funerário sádico, que vestia uma cartola e tinha unhas longas e a vontade de ser pai de uma criança perfeita e, surgiu, de acordo com Marins, após um pesadelo. A trilogia teve uma segunda parte lançada em 1967, Esta Noite Encarnarei seu Cadáver, mas só foi concluída em 2008, com Encarnação do Demônio.

Zé do Caixão

José Mojica Marins dirigiu 43 filmes de diversos gêneros - Reprodução TV Brasil

Marins dirigiu 43 filmes e atuou em 64. Além do terror, gênero pelo qual foi mundialmente conhecido, Mojica também trabalhou com filmes de faroeste, drama, aventura e até filmes pornográficos. Seu primeiro longa foi A Sina do Aventureiro, de 1958.

Entre seus principais filmes, além da trilogia do personagem Zé do Caixão, estão A Encarnação do Demônio, Delírios de um Anormal, O Estranho Mundo de Zé do Caixão e O Ritual dos Sádicos.

Além de filmes, Mojica também tem livros publicados e foi apresentador de TV. Na TV Bandeirantes ele apresentou o Cine Trash e, no Canal Brasil, apresentou o programa Estranho Mundo de Zé do Caixão.

O cineasta também conquistou reconhecimento internacional, inclusive do público e da crítica dos Estados Unidos.

O velório será realizado amanhã (20), a partir das 16h, no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Por: Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo





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