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EDUCAÇÃO
Terça - 21 de Abril de 2020 às 20:05
Por: Assessoria

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A inexperiência frente a crise sanitária e os impactos promovidos pelos gestores municipais, na administração dos enfrentamentos, não podem ser aceitos como justificativas para a insensibilidades administrativas. A afirmação do dirigente estadual do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, que registra a indignação frente a onda de demissões de servidores da Educação, contratados nas redes municipais.

Mesmo após recomendações de entidades como Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE), muitas Prefeituras, como é o caso de Diamantino e Santo Antônio de Leverger, deixam desassistidos os trabalhadores e trabalhadoras, com argumento de conter gastos. A orientação dada pelos órgãos sobre a manutenção dos contratos temporários na Educação, durante período de isolamento, se deve ao fato de que os dias não trabalhados serão repostos. Com a manutenção do emprego, teriam assegurada renda para as famílias, que não precisariam ir em busca de atividade para sobrevivência. Ao mesmo tempo, aqueceriam a engrenagem da economia, pois manteriam o consumo básico gerando impostos.

Outro ponto contraditório no corte dos salários dos servidores da Educação está no fato de que parte dos recursos de manutenção e valorização dos profissionais estão vinculados aos Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O que não impactará em perdas para os caixas do município. “O que existe é falta de humanidade e sensibilidade. O momento é de buscar a tranquilidade do trabalhador e não gerar desespero. Até mesmo a lei de Responsabilidade Fiscal, argumento dos governantes para atacar direitos, está sob questionamento, no atual momento”, disse o dirigente.

Para o Sintep/MT, uma vez superado o problema da Covid 19, o estado e municípios irão precisar de todos. Segundo Lopes, agora é necessário um acordo possível para que no futuro os esforços coletivos ajudem a recuperar o conteúdo e a normalidade das escolas.

Para o dirigente sindical, os administradores municipais devem buscar solução e não mais problemas. Lopes acredita que o prefeito que recorre a demissão revela uma falta de inteligência para resolver parte dos problemas que estão apresentados. “O ‘vale corona’ (assistência aos trabalhadores na crise) é uma solução, mas que deve ser estudada. É preciso avaliar o caixa e ver as possibilidades, pois também de nada adianta o caixa cheio e as pessoas morrendo e passando necessidades”, conclui.





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