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ECONOMIA
Segunda - 21 de Dezembro de 2015 às 13:48
Por: RDNews

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 A economia de Mato Grosso vai na contramão e teve crescimento de 3%, enquanto a brasileira caiu quase 4%. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, destaca que o Estado conseguiu superar a crise por ter a base econômica pautada no agronegócio que representa 51% do PIB mato-grossense. 

Porém, apesar dos números positivos, Seneri alerta que para o próximo ano a situação não deverá ser a mesma. A previsão ainda é de crescimento, porém, não com tanta tranquilidade e os motivos são dois: a crise economica brasileira será ainda mais forte e o agronegócio não deve responder muito bem comparado aos outros anos. 

Vale ressaltar que para Seneri, o Brasil não passa por uma crise econômica e sim política, quanto mais se alongar este problema, mais deverá se agravar devido a instabilidade que é gerada, afastando investidores. Ele pontua ainda que a alta ou baixa do dólar não é o que agrava, mas a falta de uma constante, sim. "Não é possível planejar", explica. 

Com relação ao agronegócio, em 2016 o setor deverá ter mais dificuldade devido à queda na produção, em função dos problemas climáticos, além da queda de preço internacional e também o aumento do custo. "A renda dos produtores não deve ser tão boa, deverá ser menor, e com menos dinheiro para movimentar a economia isto prejudica o mercado", explica. 

Outros setores

Só que Mato Grosso não pode mais continuar refém do agronegócio.  Por isso, Seneri destaca também que o governo do Estado buscará outras alternativas e três setores deverão ser o foco para atração de investimentos: base florestal, mineração e turismo. 

Com relação à produção florestal, Seneri faz questão de pontuar que não fala apenas na plantação de árvores, mas sim da industrialização. Para isso, o Governo tem buscado atrair o setor de móveis, mdf e papel e celulose. Por isso,  busca fundo investidor nesta área. 

Já com relação a mineração, Seneri destaca o pontecial que Mato Grosso tem tanto na produção de pedras coradas, pedras preciosas. Com isso,  a tentativa é atrair os setores de jóias para o Estado. Além disso, há também a possibilidade de uma empresa chegar para a extração de potássio, um dos principais produto utilizado nos fertilizantes, o que iria agregar ainda mais com a produção agrária. 

Já o turismo, parece ser a menina dos olhos e Seneri afirma que o setor pode se tornar um gigante assim como o agronegócio em Mato Grosso. Para isso,  estuda duas possibilidades de incentivo para o setor. Um deles é a criação de estâncias turísticas, em que os municípios teriam mais receitas e outro é um programa de desenvolvimento de incentivos fiscais para o turismo. "A busca por alternativas é garantir a diversificação da matriz econômica de Mato Grosso e agregar valor aos produtos que são gerados aqui", afirmou. 





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