Em defesa de servidores do Detran, deputada critica intransigência e inchaço do governo
Janaina acredita que as alegações do Poder Executivo de que não há recurso e de que a nomeação esbarraria na Lei Responsabilidade Fiscal cai por terra se for levado em consideração que os Detrans fazem parte da Segurança Pública e, como tal, não são enquadrados nos quesitos da LRF e bem como a questão de ser uma das maiores fontes arrecadadoras do estado.
"O governo tem sido intransigente e tem deixado de dialogar com o sindicato. Esses servidores hoje pleiteiam um direito que não é só deles, mas sim da população de Mato Grosso, que é o de ser bem atendida. Os cargos comissionados hoje do governo, se não me engano, se equiparam à quantidade da gestão passada, que foi tão criticada", disse a deputada.
"Vamos reduzir a gordura, para poder destinar a outras áreas prioritárias, se o problema for recursos. O vergonhoso é precisar chegar ao ponto do servidor do Detran precisar vir à Assembleia pedir ajuda para poder atender bem. Eles não estão falando em aumento de salário não, só querem condições para trabalhar", complementou.
Em sua fala na tribuna, a parlamentar expôs ainda que atualmente a autarquia conta com um déficit de 70% de pessoal. Isso quer dizer que pouco mais de 800 pessoas têm que atender os mais de 3,2 milhões de habitantes de Mato Grosso nas 72 unidades do órgão espalhadas pelo estado.
"Em Confresa, por exemplo, a unidade teve que ser fechada por falta de gente para trabalhar. Em Sinop, cidade-polo do estado, cuja frota é de 10 mil veículos, a autarquia conta apenas com dois servidores. O governo estadual tem que trabalhar com prioridades. Tem comissionados ganhando 10, 20 mil. Esses penduricalhos precisam ser cortados. Mas infelizmente o governo não se dispõe a dialogar com o sindicato. O governador sabia da situação do Estado antes de assumi-lo e mais uma vez eu repito: casou com a viúva, assuma os filhos, senhor Pedro Taques", finalizou.