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ECONOMIA
Segunda - 16 de Novembro de 2015 às 09:50
Por: Bol

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As tarifas aéreas no país apresentaram queda de 43,1% em 12 anos. Em 2002, o valor médio de comercialização das passagens era de R$ 580,58. Em 2014, esse valor passou para R$ 330,25, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). 

A diminuição pode ser ainda maior se forem considerados os preços das passagens por faixas de valores. Em 2002, 33,7% dos bilhetes foram vendidos por até R$ 400, percentual que chegou a 72,8% em 2014.

O estudo mostrou ainda que o número de viagens de avião teve um significativo aumento nos últimos anos. Em 2000, a média anual era de 0,19 por pessoa e, em 2014, o índice atingiu 0,5. Em relação ao número de passageiros, houve um aumento de 210,8% em 14 anos. As empresas aéreas transportaram 2,92 milhões de passageiros em 2000 e, no ano passado, o número chegou a 102,32 milhões.

Aeroportos saturados

Entre os aeroportos brasileiros, o número de passageiros atendidos extrapola em 100% a capacidade instalada em Congonhas (SP), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Goiânia (GO). Segundo o trabalho, em casos de saturação a segurança das operações não é afetada, mas o atendimento "não se dá de forma eficaz". "As acomodações são insuficientes para atender o fluxo de passageiros, há longas filas para o check-in, demora na restituição de bagagens, aumento de atrasos, entre outros problemas", indica o estudo.

Recursos insuficientes para novas rotas

O trabalho apontou ainda que os investimentos previstos pelo Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional serão insuficientes para a criação de novas rotas aéreas, uma vez que mais da metade dos recursos disponíveis seriam direcionados para rotas já operadas. 

A CNT afirma que, segundo seus cálculos, como seriam investidos R$ 4,5 bilhões para as rotas já operadas nos cinco primeiros anos do programa, sobrariam apenas R$ 2,4 bilhões para as novas ligações.

O ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse em agosto que o governo pretende iniciar até o fim do ano pela região da Amazônia Legal um piloto do programa de incentivos à aviação regional.

O plano prevê obras em 270 terminais espalhados pelo interior do Brasil, bem como subsídios para as empresas aéreas que voarem para esses destinos. Nenhum dos aeroportos regionais saiu ainda do papel.

Segundo a CNT, existem atualmente 22 aeroportos em estudos de viabilidade técnica, 19 em estudos complementares, 145 em estudos preliminares e 87 em anteprojeto para licenciamento ambiental.





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