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POLÍTICA
Quarta - 21 de Outubro de 2015 às 11:37
Por: RD News

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 Yuri Bastos Jorge, ex-secretário de Desenvolvimento do Turismo e ex-diretor de Assuntos Estratégicos da extinta Agecopa, presta depoimento na CPI das Obras da Copa, a partir das 14h desta quarta (21), no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia.

Considerado um dos articuladores da consolidação de Cuiabá como sub-sede do Mundial de 2014, deve prestar esclarecimentos sobre temas considerados espinhosos como contratação de consultorias no valor de R$ 1,5 milhão, mudança no projeto arquitetônico da Arena Pantanal e o projeto do teleférico em Chapada dos Guimarães.

As consultorias  foram contratadas, pelo valor de R$ 1,5 milhão, na base da canetada, em dezembro de 2008, durante o segundo mandato do ex-governador Blairo Maggi (PR). As empresas vencedoras dos pregões deveriam elaborar o Plano Mestre do projeto que seria enviado à Fifa e prestar consultoria na área de Desenvolvimento do Turismo. À época, Mato Grosso disputava com o vizinho Mato Grosso do Sul quem sediaria a Copa 2014. 

TCE

Em 2013, Yuri  e o responsável pela empresa Castro Mello Arquitetos foram condenados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a restituir solidariamente o valor de R$ 500 mil aos cofres públicos. Em 27 de agosto daquele ano, o Pleno julgou  representação interna sobre supostas irregularidades nos contratos de serviços técnicos para elaboração de projetos e supervisão arquitetônica da Arena Pantanal.

Segundo o TCE, os serviços de supervisão seriam pagos sem a execução da obra. Outra irregularidade apontada foi referente ao pagamento de R$ 500 mil para a empresa Castro Mello Arquitetos pela realização do projeto básico. Consta nos autos que foi entregue apenas uma publicação (estudo compilado) e não o serviço contratado.

Outra trapalhada que teve a participação de Yuri  foi  teleférico de Chapada dos Guimarães, lançado pela secretaria estadual de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), na sede da extinta Agecopa em 2009. A obra foi orçada em R$ 6 milhões e o  governo estadual pagou R$ 579 mil à empresa vencedora da licitação. O valor foi equivalente a 9,75% ao total do contrato.

A ideia alardeada era mudar o modelo de exploração turística de Chapada dos Guimarães, com a instalação de 30 pequenos “bondes” com dois lugares que iriam percorrer uma distância de 1,5 mil metros do mirante até a Serra do Atimã. Entretanto, o projeto foi abandonado em 2013 por falta de tempo hábil para conclusão até a Copa e em função dos atrasos das demais obras.

Histórico polêmico 

Yuri foi demitido da Secopa em fevereiro de 2012. Após a extinção da Agecopa, passou a desempenhar a função de assessor especial do então secretário Eder Moraes, mas deixou de comparecer ao local de trabalho por 30 dias. Sempre esteve envolvido em confusão e polêmica na vida pública, desde quando era vereador pela Capital. Na administração Blairo Maggi (PR), ele foi presidente do MT Saúde e secretário de Desenvolvimento do Turismo. 

Teve também passagem pela Educação, na qual atuou como adjunto e foi assessor em Brasília do então diretor-geral do Dnit, Luiz Pagot. Yuri foi presidente do comitê Pró-Copa. Com a criação na gestão Maggi da Agecopa, ele se tornou um dos seis diretores. Como o sucessor de Maggi, ex-governador Silval Barbosa (PMDB), extinguiu a autarquia e criou a Secopa, Yuri perdeu o salário de R$ 15 mil que recebia como diretor, mas articulou e conseguiu outro emprego, no entanto, sem trabalhar.

Ele também teve os bens bloqueados em R$ 3,3 milhões, junto com outros 3 envolvido em irregularidades na prestação de serviços técnicos especializados no MT Saúde.





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