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CIDADE
Terça - 20 de Outubro de 2015 às 09:50
Por: Da Redação TA c/ Assessoria

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 O VI Encontro Nacional de Memoriais, realizado durante dois dias (15 e 16.10) no Espírito Santo (ES), reuniu servidores que atuam em projetos de conservação da memória do Ministério Público brasileiro de mais de dez estados. O encontro foi avaliado como uma oportunidade de continuidade à história de cada instituição. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso foi representado pela integrante da Comissão do Projeto Memória, Lucia Castrillon Cuiabano.

“Trouxe de lá informações que serão utilizadas no nosso espaço, tanto na questão da composição do nosso acervo, como na parte educativa do projeto. E o principal objetivo foi, justamente, esse intercâmbio de experiências. É um estado ajudando o outro”, destacou a servidora Lucia Castrillon.

Em Mato Grosso, o Projeto Memória”, teve início em julho de 2004. A iniciativa busca preservar a história do Ministério Público do Estado de Mato Grosso e, desde dezembro de 2014, o espaço foi montado na sede da Procuradoria Geral de Justiça. Atualmente, o projeto tem como presidente a Procuradora de Justiça, Eunice Helena Rodrigues de Barros, além de outros procuradores, promotores de Justiça e servidores integrantes da comissão.

Realizado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Memorial do MPES, em parceria com o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) e com o Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES), o “VI Encontro Nacional de Memoriais do Ministério Público”, no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça. O evento foi aberto com apresentação do coral da Justiça Federal (TRF/ES), que preparou um repertório com clássicos da Música Popular Brasileira.

A apresentação cultural foi seguida pela composição da mesa de honra, com a participação do procurador-geral de Justiça do MPES, Eder Pontes da Silva; do procurador-chefe MPT-ES, Estanislau Tallon Bozi; do procurador-chefe do MPF-ES, Julio César de Castilhos Oliveira Costa; do procurador de Justiça Militar e conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Antônio Pereira Duarte; e da promotora de Justiça e dirigente do Ceaf do MPES, Sabrina Coelho Machado Fajardo.

O procurador-chefe MPF-ES, Julio César de Castilhos, ressaltou a importância da conservação da memória. “A importância desse trabalho é fundamental em um país que não tem memória. Cada iniciativa que busque preservar a memória, seja oral, documental é muito importante. Que isso seja esquematizado e, se esse é o objetivo do evento, estou aqui para vos aplaudir”, concluiu. Também na mesa de honra, o procurador de Justiça Militar e conselheiro CNMP, Antônio Pereira Duarte, saudou os presentes e ressaltou que a memória é um resgate de uma identidade que precisa ser permanentemente cultivada.

"Infelizmente, nosso país não tem tido o compromisso do cultivo da sua memória, seus símbolos e seus hinários. O VI Encontro Nacional de Memoriais é a oportunidade de dar continuidade àquele compromisso que o Ministério Público brasileiro deve ter com sua memória”, avaliou. Ele também ponderou que o Ministério Público, como órgão de defesa da sociedade, onde essa deposita sua confiança, precisa fazer o seu dever para exigir que outras instituições o façam. "Isso demanda do Ministério Público o desenvolvimento de uma cultura de preservação da sua história", salientou.

O procurador-geral de Justiça do MPES enfatizou a importância do Ministério Público para o atual momento do Estado e do país. “Não tenho dúvida de que estamos passando por uma crise ética, moral, financeira que tem abalado a todos nós. Mas não podemos deixar que nada disso atrapalhe os nossos propósitos. Nada pode atrapalhar a principal missão do Ministério Público Brasileiro, que é defender os interesses da sociedade, a destinatária de nossas ações”, analisou.

O primeiro dia de evento contou com um workshop do artista plástico, designer e diretor do Museu da Vale, Ronaldo Barbosa, e da historiadora Élida Gagete. Eles ministraram a palestra "Espaço museal e expografia: lugares da memória". Os palestrantes expuseram uma fundamentação teórica sobre memória empresarial, tratando de conceitos, surgimento, desenvolvimento e aplicações. Em seguida, apresentaram diversos exemplos de espaços museais de memória que desenvolveram juntos no Espírito Santo e no Brasil, como o Centro de Documentação Histórica da Garoto, o Espaço Livro Aberto CST, o Centro de Memória Águia Branca e o Museu da Liturgia em Tiradentes, Minas Gerais. 

Para o conselheiro Antônio Pereira Duarte, abordou a criação da Comissão de Memória Institucional no âmbito no CNMP. “Memória é fundamental. A memória precisa ser permanentemente resgatada, porque é ela que nos impulsiona na edificação da nossa própria realidade pessoal, transpessoal e coletiva”, observou. Citou, ainda, a importância de espaços específicos para a preservação da memória ministerial. “É preciso que o Ministério Público multiplique suas informações. É preciso que todos tenham conhecimento da trajetória histórica da instituição”, salientou Duarte.

O historiador Gunter Axt tratou do Memorial do Ministério Público da União e do MPSC e também do livro referente à atuação das mulheres do MPSC. Ele explicou que a instituição comporta um Memorial e um Arquivo, que atuam em conjunto. “Isso é um diferencial importante. Essa condição de trabalho conjunto, dinâmico, do Memorial com o Arquivo. Entendendo que são instâncias diferentes: o Memorial, como espaço que ajuda a pensar uma narrativa para a instituição e dá visibilidade para essa narrativa, e o Arquivo, como um espaço que guarda o acervo documental, imagético e escrito institucional”, discursou.

Após as palestras, realizada nos dois dias de evento, houve a discussão e aprovação da Carta de Vitória, referendada por representantes dos Ministérios Públicos dos Estados de Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e de Santa Catarina e, também, do Ministério Público Federal nos Estados de Goiás e do Espírito Santo, do Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo e da Procuradoria-Geral do Trabalho e do Ministério Público Militar da União. A Carta contém compromissos e objetivos para a implantação e ampliação dos espaços de memória institucional.




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