Moradores poderão voltar para prédio em Mato Grosso mais de 1 ano após incêndio

 A reforma do prédio Sunset Boulevard, atingido por um incêndio na parte elétrica em outubro de 2014, deverá ficar pronta em dezembro deste ano. Após a entrega, os moradores poderão voltar para os lares. O prazo foi informado pela Plaenge, construtora responsável pela construção que ficou também a cargo da reforma. O edifício fica no bairro Araés, em Cuiabá, e tem 92 apartamentos em 23 andares. Apesar de não ter alterado a estrutura, o incêndio destruiu a parte elétrica do local, tornando-o inabitável. 

Conforme a Plaenge, 26 apartamentos serão reformados pela construtora. Outros 46 voltaram a ser de propriedade da empresa, já que os donos migraram para outros empreendimentos da própria Plaenge. Cinco proprietários escolheram fazer a reforma por conta própria, dois deverão escolher outros meios para tal e 11 ainda não definiram que tipo de reforma farão, informou a companhia.
 
O laudo da perícia oficial constatou que o incêndio, que começou no 7º andar, teve origem acidental após um curto-circuito. Mas, os peritos constataram também que, de acordo com norma técnica, alguns dispositivos da parte elétrica teriam que ser de material incombustível, o que não ocorreu. A falha teria permitido a propagação de chama e calor pelo edifício.

Ainda segundo os peritos, a falta de barreiras corta fogo nas passagens entre as lajes dos pavimentos fizeram com que o incêndio se espalhasse pela prumada elétrica na qual se concentram os cabos de energia que vão para os apartamentos.

Conforme a Plaenge, no último dia 26 de abril foram concluídas as  etapas necessárias às áreas comuns dos apartamentos, como infraestrutura elétrica, retirada dos forros em gesso dos halls e equipamentos de proteção contra incêndio. Na última sexta-feira (12), após reunião com os moradores, foi definida a nova arquitetura do térreo do prédio.

Entenda o caso

No dia 14 de outubro de 2014, o Sunset Boulevard precisou ser evacuado depois que uma densa fumaça tóxica tóxica se espalhou por todos os 23 andares do prédio, ainda durante a madrugada. A maior parte dos moradores conseguiu sair por conta própria, mas pelo menos dez pessoas tiveram que ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros. O resgate durou quase 10 horas e contou com o apoio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Exército Brasileiro e defesas civil de Cuiabá e do estado.

Os moradores recebem R$ 3,5 mil da construtora para pagamento de aluguel. A estrutura do edifício não foi danificada, mas a fiação elétrica ficou destruída, o que tornou o prédio inabitável.