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SEGURANÇA
Domingo - 26 de Abril de 2015 às 19:39
Por: Redação TA c/ Ascom PJC

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Mais de 350 operações foram deflagradas nos primeiros meses do ano de 2015, pela Polícia Judiciária Civil. As ações de enfrentamento a crimes como roubos, tráfico de drogas, homicídios, estelionatos, estupros e outras modalidades de delitos levaram a desarticulação de organizações criminosas que atuavam no Estado de Mato Grosso e apreensão de grandes volumes de drogas, dinheiro e armas de fogo.

Os dados são motivos de comemoração de toda a Polícia Judiciária Civil, que neste mês de abril  completou 173 anos de criação no Estado de Mato Grosso  e celebra suas conquistas com a entrega de 119 medalhas do Mérito Policial, nas categorias de Ouro, Prata e Bronze, para policiais civis que completaram 30, 20, e 10 anos de serviço policial prestado à sociedade. O evento será no dia 30 de abril, no teatro Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa e Mato Grosso, às 19 horas.

Números da Seção de Estatística Criminal, da Polícia Civil, do trimestre de 2015, apontam para crescimento da produtividade das Delegacias de Polícia do Estado. No período, foram instaurados 9.858 inquéritos policiais, sendo 5.391por portarias e 4.467, oriundos de prisões em flagrante. A Justiça já recebeu 7.746 inquéritos com autoria esclarecida, além de 5.270 termos circunstanciados de ocorrências (TCO), para delitos de menor potencial ofensivo.

Nos três primeiros meses, foram realizadas a prisão em flagrante de 5.282 pessoas, sendo boa parte de suspeitos conduzidos pela Polícia Militar e autuados pela Polícia Civil, além da prisão de 986 criminosos por mandados de prisão, expedido pela Justiça, totalizando 6.268 presos.

Duas grandes ações da Polícia Civil ainda estão em andamento até o dia 30 de abril, quando completa 100 dias da operação "Sicários" para o conclusão de 200 inquéritos policiais de crimes de homicídios e latrocínio - 100 na capital e 100 inquéritos no interior; e a operação "Actio Auctoritatis", para intensificar investigações de tráfico de drogas, roubos e prisão de foragidos da Justiça.

O planejamento das duas operações está voltado para o cumprimento de metas de enfrentamento da criminalidade no Estado de Mato Grosso, principalmente nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. A até o dia 12 abril, a operação Sicário já havia ultrapassado a meta e concluído 222 inquéritos  de homicídios e latrocínios nas regiões prioritárias, sendo 111 pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoas, de homicídios praticados em Cuiabá e Várzea Grande.

Dentro dos números da Sicários, estão homicídios de sete mulheres cometidos pelo marceneiro Dino Neves Messias, 38 anos, preso no final de fevereiro pela DHPP, considerado "serial killer", pela sequência de assassinatos ligados a ele. As vítimas foram todas mortas em circunstâncias semelhantes e seus corpos encontrados, na região do bairro São Matheus, em Várzea Grande, com sinais de asfixia e violência sexual.

Para a operação "Actio Auctoritatis",  a meta era aumentar em 10% a conclusão de investigações de roubos e tráfico de drogas e já superou os números nas principais Delegacias, com  determinação de acelerar trabalhos contra quadrilhas que atuam em roubos e tráficos, como as Delegacias de Roubos e Furtos de Cuiabá e Várzea Grande, Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE), e as unidades dos municípios de Rondonópolis e Sinop.

O balanço das duas operações será divulgado no começo do mês de maio.

Para o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Adriano Peralta Moraes, os números mostram os esforços de todos os policiais civis no combate ao crime em Mato Grosso, com técnicas de inteligência empregadas na repressão qualificada. "O desafio dado foi prontamente acatado pelos policiais das unidades policiais, que superaram as dificuldades, se desdobrando para alcançar os resultados", frisou Peralta. "Novas operações vem por aí no combate ao crime organizado e tributários", completou o delegado geral.

Apreensão de dinheiro

Uma das grandes apreensões, com destaque na mídia nacional, ocorreu na cidade de Canarana (823 km Leste), no dia 5 de abril. O montante de R$ 3,2 milhões apreendido pela Polícia Judiciária Civil foi revertido para investimentos na Segurança Pública de Mato Grosso para compra de armamentos como fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes balísticos, escudos, além de caminhonetes e reforma do prédio da Delegacia da Polícia Civil de Canarana.

A quantia de R$ 3.201,587,00 milhões, foi encontrada por equipe da Polícia Civil de Canarana, dentro de três sacos plásticos, carroceria de uma caminhonete Hilux, conduzida por José Silvan de Melo, 41 anos, conhecido por "Abençoado",  que ofereceu meio milhão para um investigador, um escrivão e o delegado da cidade para não ser liberado. Ele foi preso pelo crime de lavagem de capitais e corrupção.

Na mesma semana da apreensão, uma decisão proferida pelo juiz Alexandre Ceroy, da Comarca de Canarana, reverteu o dinheiro para ações de segurança pública em Mato Grosso. As investigações da origem ilícita do dinheiro foi repassada a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Cuiabá.

O suspeito é investigado também pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) de Recife (PE), por tráfico internacional de drogas.

Indiciamento de facção

O maior indiciamento de membros de uma organização criminosa foi feito na conclusão da segunda fase da operação "Grená", coordenada pela  Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com a apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, Delegacia Especializada de Entorpecentes, Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), e Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sedjud).

No começo de abril, a Polícia Judiciária Civil enviou à Justiça o inquérito policial com indiciamento de 290 membros da facção criminosa, denominada "Comando Vermelho de Mato Grosso", o CV-MT, que ordena crimes de dentro da presídios de Mato Grosso.

Na conclusão das  investigações, foram indiciados 14 líderes da organização criminosa; uma mulher apontada como colaborada, mas que não é filiada ao CV-MT; e 275 membros, cujo nomes estão em lista como filiados e "batizados" pela organização criminosa. Eles integram a base da pirâmide do CV-MT e estão associados para prática ou apoio a crimes, a mando da organização. Todos vão responder dentro da Lei do Crime Organizado.

Armas de fogo

Cerca de 50 armas de fogos foram retiradas de circulação nos três primeiros meses de 2015. Um total de 24 armas foi apreendidas de uma só vez na cidade de Rio Branco (356 km a Oeste), em ação conjunta da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecente (DRE) e Delegacia de Rio Branco, culminou na prisão de um homem na posse das armas e várias munições de diferentes calibres, inclusive de fuzil.

Foram apreendidas 12 espingardas de diferentes calibres (12, 28, 32 e 36), 2 rifles, 3 revolveres calibre 38, 3 armas tipo garrucha, 3 espingardas de pressão e um rifle de brinquedo.

Drogas

Mais de um tonelada de drogas, entre maconha, cocaína e pasta-base, também foram apreendidas no Estado de Mato Grosso, em ações de repressão ao tráfico interestadual de drogas e tráfico doméstico com a prisão de fornecedores. Muitas das ações estão concentradas na fronteira do Estado com a Bolívia e na região metropolitana no combate ao comércio de drogas nas bocas de fumos.

Uma das apreensões aconteceu na noite da última quinta-feira (23.04), em ação da Delegacia Especializada de Entorpecentes, Diretoria de Inteligência e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Cuiabá. Cerca de 100 quilos de maconha trazidas do Paraguai foram apreendidas em poder de cinco pessoas envolvidas na encomenda e transporte do entorpecente. Com elas, a Polícia Civil apreendeu também R$ 22 mil, em dinheiro. Todas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.





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