Toque de Alerta - toquedealerta.com.br
POLÍTICA
Terça - 12 de Junho de 2012 às 06:46

    Imprimir


Senador Pedro Taques (PDT-MT)
Senador Pedro Taques (PDT-MT)
A intervenção do Banco Central no banco Cruzeiro do Sul decretada na semana passada, por meio do chamado Regime de Administração Especial Temporária (Raet),pautou o discurso do senador Pedro Taques (PDT-MT) na tarde de ontem (11.05). O Banco Central nomeou o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – entidade privada mantida com recursos dos próprios bancos – como administrador especial temporário.

"É preciso que o Congresso Nacional compreenda o momento e assuma um papel proativo na avaliação da capacidade regulatória do organismo supervisor bancário brasileiro,antes que a resistência de nossa economia às já anunciadas turbulências internacionais veja-se fragilizada em função de ilicitudes que deveriam ser detectadas antes mesmo de ocorrerem”, afirmou o parlamentar que também encaminhou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, requerimento pedindo informações relativas ao caso.

Para Pedro Taques,o atual contexto de instabilidade da economia internacional e a segurança do sistema bancário deve ser preocupação de primeira importância para qualquer governo nacional. Ele lembra que o Brasil mostrou-se capaz de resistir, até o momento, ao maremoto que assolou os sistemas financeiros da maioria dos países desenvolvidos.

"Neste ambiente delicado, somos surpreendidos com a notícia de uma intervenção do Banco Central do Brasil em uma instituição financeira (Banco Cruzeiro do Sul), na forma do Regime de Administração Especial Temporária, em função de "descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo”, complementa.

No requerimento o parlamentar mato-grossense cita que, embora o tamanho desse banco seja pequeno em relação ao mercado e a suas contrapartes, o noticiário da imprensa dá conta de que Fundo Garantidor de Crédito teria reservado até R$ 4 bilhões de reais para desembolso em favor do processo de saneamento do Banco Cruzeiro do Sul.

"Fatos como este geram grande incerteza na economia, não pela intervenção em si (dado que o porte dessa instituição é muito pequeno em relação ao mercado), mas pela inevitável pergunta:como é que essa prática não foi detectada antes, impedindo-se a exposição dos depositantes a um risco desse valor?”, questionou Pedro Taques.

O senador Pedro Taques indagou ainda os problemas que levaram o banco a aprofundar "fraudes nesse elevado montante”. Por fim, aponta a necessidade de compreender melhor o que estaria ocorrendo na supervisão e nos mecanismos de auditoria do Banco Central.

"Certamente, esta iniciativa não se resolve em meia dúzia de declarações ou conversas superficiais: exige um exame atento dos fatos que deram ensejo às irregularidades, acompanhando passo a passo a atuação da fiscalização a partir desse estudo de caso extremo”, finalizou.





URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/16747/visualizar/