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SISTEMA PRISIONAL
Terça - 24 de Agosto de 2010 às 12:05
Por: LAURA PETRAGLIA

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A Funac agora irá buscar, junto ao Sebrae, treinamentos e cursos de aperfeiçoamento voltados para o artesanato
A Funac agora irá buscar, junto ao Sebrae, treinamentos e cursos de aperfeiçoamento voltados para o artesanato
O projeto ‘Tecendo Caminho Para o Futuro’ começou a ser implantado dentro de um dos raios da Penitenciária Central do Estado, na segunda-feira (23.08). Este é o primeiro projeto a ser efetivamente implantado num raio penitenciário. De autoria de um reeducando, a ação de ressocialização consiste na fabricação de artesanato regional de expressão econômica (com alto potencial de comercialização), com intuito de geração de emprego em renda para os presos e os familiares.

O reeducando Wagner Magalhães Figueiredo, autor do projeto, contou que a ideia surgiu da necessidade deles em exercerem a algum tipo de atividade. “Precisávamos de algo que fizesse com que os presos que saíam da penitenciária não retornassem mais a cometer outros crimes, o que é muito comum aqui. Pensei que se tivéssemos uma atividade que gerasse renda e envolvimento de nossas famílias, um alicerce seria criado para quando sairmos daqui e com isso a reincidência diminuirá”, disse.

A presidente da Fundação Nova Chance (Funac), instituição responsável pela ressocialização no sistema penitenciário, Neide Mendonça disse que a Funac agora irá buscar, junto ao Sebrae, treinamentos e cursos de aperfeiçoamento voltados para o artesanato. Neide lembra que apesar da Fundação comprar o material necessário para que  comecem a trabalhar e aprender a fazer os produtos, o que vai sustentar o projeto e a compra de novos materiais é o capital proveniente da venda dos artenasatos.

“Vamos trabalhar com eles temas regionais, que representem Mato Grosso, já visando a Copa de 2014. O Sebrae já nos cedeu os catálogos com os ícones a serem trabalhados. O trabalho feito por esses reeducando será de alta qualidade e de alto poder de comercialização. O mais importante de tudo isso será o envolvimento dos familiares desses reeducandos, que serão responsáveis pela comercialização do que for produzido”, salientou Neide Menddonça.

A princípio, os reeducandos trabalharão com crochê e artesanatos em barbante. As aulas e fabricação dos objetos ocorrerão no raio três da Penitenciária Centra do Estado, inicialmente com a participação de dez reeducandos. O secretário adjunto de Justiça de Mato Grosso, Wilquerson Felizardo Sandes, afirma que essa é mais uma ação do plano de modernização do sistema penitenciário e que as pessoas que lá estão, só estão privadas da liberdade, não de viver, e que, portanto, merecem uma nova chance.





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