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POLÍTICA
Quinta - 18 de Maio de 2017 às 09:10
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Dida Sampaio/Estadão
 líder do governo no Senado, Romero Jucá
líder do governo no Senado, Romero Jucá

O líder do governo no Senado, assim como os ministros do chamado núcleo duro do Planalto, gravou um vídeo para defender o presidente Michel Temer, dizer que o governo exige que as delações de Joesley Batista sejam tornadas públicas e reforçar a estratégia e o discurso do presidente Michel Temer de que o país não pode parar. “Mais uma vez o Brasil vive um momento em que é preciso ter muita responsabilidade e tranquilidade. Essas acusações que surgiram na imprensa precisam ser investigadas a fundo, por isso exigimos que imediatamente seja tornada publica, não só a delação, mas também as gravações que dizem existir a cerca do presidente Michel Temer”, diz Jucá.

A fala tenta rebater as acusações de que Temer teria dado aval para compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conforme acusou o executivo da JBS, Joesley Batista, em sua delação premiada. Os vídeos foram gravados por volta das 1h30 desta quinta-feira no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer. O presidente Temer, que ontem se manifestou por nota negando a versão do empresário, ainda não gravou, mas, segundo fontes do Planalto o fará “no momento oportuno”.

Segundo Juca, o governo tem “a responsabilidade de mudar o Brasil”. “E temos que agir com muito cuidado para que o Brasil não pare, para que a gente não volte atrás em tudo que estamos avançando”, afirma.

Jucá, que deixou o ministério do Planejamento de Temer com apenas 12 dias no cargo após ser flagrado em conversas com o ex-executivo da Transpetro, Sergio Machado, sugerindo que era preciso estancar a sangria da Lava Jato, disse ainda que “é bom lembrar que quando se faz uma delação as palavras são ditas na ótica do delator”. “(na ótica) daquele que quer agradar para se dar bem”, afirmou.

Sem citar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que disse ter gravado conversas com o presidente e acusou o ex-ministro Geddel Vieira Lima de tê-lo pressionado por interesses pessoias, Jucá lembra que não houve provas contra o presidente no episódio. “E é bom lembrar também que, alguns meses atrás, até um ministro disse que tinha gravado o presidente e surgiram as mais diversas acusações e nada disso era verdade”, afirma. “Portanto, nós queremos esclarecimentos, mas vamos continuar trabalhando porque queremos o Brasil andando para frente e melhorar a vida do povo brasileiro”, finaliza Jucá.

Videos. Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy; e da Secretaria-geral da presidência, Moreira Franco; também gravaram depoimentos em vídeo nesta madrugada.

Padilha destacou em sua fala que a semana estava sendo positiva para o governo e reconhece que foi abalada com a informação. “Tudo vinha numa corrente altamente positiva em favor do governo, em favor do Brasil, em favor dos brasileiros. Surge, no entanto, mais uma delação premiada. E essa delação traz fatos que têm que ser sim investigados, tem que ser sim explicados, mas não se tem ninguém condenado antecipadamente”, diz o ministro da Casa Civil.

Padilha afirma ainda que é preciso “ver o que efetivamente foi dito” e que o Judiciário que se encarregará das eventuais punições. “O poder Judiciário se encarrega daquilo da questão das delações. Nos o governo temos que nos encarregar de governar. O Brasil, os brasileiros não querem parar. Não vão parar. O Brasil não vai parar”, finaliza no vídeo, para frisar a estratégia de que o governo continuará trabalhando normalmente.

Já Moreira Franco ressalta em seu vídeo que o governo foi ontem “surpreendido” pela delação “de um empresário”, diz que é preciso manter “muita serenidade” e também reforça o mote da estratégia de que “o Brasil não pode parar”. “Essa delação precisa ser tratada, vista, investigada. O poder judiciário deve continuar a cumprir com sua obrigação, nós temos que respeitar todo o procedimento dele. Mas, o poder Executivo e Legislativo também devem continuar a fazer o que tem ser feito”, diz Moreira.

Diante a da pressão de aliados e do reconhecimento de interlocutores do governo de que as reformas em curso serão afetadas pela delação da JBS, Moreira faz um apelo e diz que “o executivo e o Legislativo têm que tirar o Brasil da maior crise econômica da nossa história”. “O Legislativo votando as reformas e o Executivo fazendo as proposições de mudança na politica econômica que permitiram que tivessem uma baixa da inflação, queda juros, voltou a ter emprego formal”, diz. “Por isso é fundamental que nós tenhamos muita serenidade, façamos o esforço de nos manter unidos com um único objetivo: o Brasil não pode parar para nos possamos retomar o crescimento e a geração de emprego e renda”, diz Moreira. O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbasssahy,fez uma fala mais geral focada na necessidade de o Brasil trabalhar e não entrou no mérito das acusações de Joesley Batista.





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