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CULTURA
Sexta - 21 de Janeiro de 2022 às 22:40
Por: Redação TA c/ Secel-MT

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Lígia Kellermann imigrante brasileira em Lisboa
Lígia Kellermann imigrante brasileira em Lisboa

Selecionado no Edital MT Nascentes, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o curta "Intersecção – A História de Quem Migra" traz a perspectiva de imigrantes negros sobre a experiência da imigração. Com relatos de pessoas que vivem em Cuiabá e Lisboa, o filme apresenta a adaptação ao novo ambiente, as relações afetivas e de trabalho, a luta pelos direitos humanos e por cidadania. O lançamento será na próxima terça-feira (25.01), às 19h, no Cine Teatro Cuiabá.

“Mais do que a intersecção entre os contextos de imigrantes em locais diferentes, o projeto mostra as convergências entre cultura e a sensibilização do público quanto ao direito à cidadania de todos os povos. É mais uma iniciativa da qual temos satisfação em apoiar e dar visibilidade por meio de nossos editais”, destaca o secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, Alberto Machado.

O projeto começou a ser idealizado em 2017, quando o diretor Rodrigo Zaiden realizou um intercâmbio em Lisboa, Portugal. No país, experimentou as contradições que a imigração traz. De um lado, a exclusão por ser brasileiro e negro. De outro, o afeto e a confiança entre as pessoas pretas, principalmente dos Países Africanos de Língua Portuguesa.

“Percebi que, apesar da diversidade de origem das pessoas, todas passavam pelas mesmas situações da imigração, principalmente, por estarmos no país que colonizou os nossos países. Daí que surgiu a ideia de registrar esses diálogos, para que pudéssemos expressar nossas reflexões sobre temas que nos circundavam, mas também a milhões de pessoas, por questões sociais, ambientais ou raciais”, pondera Zaiden.

A ideia era apresentar a perspectiva dos imigrantes em Lisboa. Mas voltando ao Brasil, em 2019, o diretor percebeu que os problemas se repetiam com os imigrantes daqui, principalmente entre os que chegavam do Haiti, Moçambique, Venezuela. Assim, surgiram as histórias de Lígia, Marvinda e Ka Codé, em Lisboa. E de Lídia, Uzak e Silvina, de Cuiabá. O filme foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do Edital MT Nascentes, e as gravações finais foram feitas em 2021, nas duas cidades.





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