Médicos de Cuiabá entrarão em greve
De acordo com Osvaldo Mendes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), a categoria reivindica o cumprimento das cláusulas do acordo firmado em outubro de 2013. Os médicos também cobram o reajuste salarial e mais segurança nas unidades de Saúde.
Durante a assembleia, os profissionais também discutiram sobre a terceirização do setor de urgência e emergência do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, melhores condições de trabalho e ajuizamento de ações de cobrança.
Conforme Mendes, a categoria quer que os vencimentos sejam equiparados ao piso da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O reajuste faz parte da campanha nacional da categoria, que também foi aderida pelos profissionais que atuam no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), em Cuiabá, e no Pronto-Socorro de Várzea Grande.
Conforme o diretor, na Capital o salário é de aproximadamente R$ 3,5 mil para 20 horas de serviço e para contratados é de R$ 2,8 mil. Com as gratificações, os salários podem chegar até a R$ 6 mil. Segundo Mendes, os médicos pleiteiam que o piso chegue a R$ 11.997,00 mil, como sugere a Fenam.
Além disso, a categoria também reivindica mais segurança e policiamento preventivo nos postos de saúde da família (PSF), policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), para evitar que os profissionais sejam agredidos. No início do ano, um médico e uma técnica de enfermagem da Policlínica do Coxipó foram agredidos verbal e fisicamente por um paciente. A cena foi gravada e virou polêmica nas redes sociais. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada, porém não chegou a tempo de prender os agressores.
Na tarde de ontem, os médicos que atuam no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá realizam um protesto por melhores condições de trabalho e mais segurança para a categoria. Os manifestantes também cobram o cumprimento de um acordo realizado com a Prefeitura de Cuiabá.
Este foi o quarto protesto do gênero que os profissionais da saúde publica da Capital realizaram no último mês. Nos dias 15, 21 e 26 de janeiro a categoria já havia cruzado os braços em sinal de protesto. Somente os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) possui um plano de contingenciamento para atenção básica. Segundo a assessoria, a Prefeitura também obteve uma liminar que obriga que seja mantido o atendimento em 30% nos postos de Programa de Saúde da Família (PSF) e de 100% nas policlínicas e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).