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PARALISAÇÃO
Quarta - 04 de Fevereiro de 2015 às 08:20
Por: Diário de Cuiabá

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 Os médicos das unidades públicas de saúde de Cuiabá irão cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (9). A greve geral da categoria foi aprovada por unanimidade durante assembleia extraordinária realizada na noite de ontem (3). Hoje, os médicos de Várzea Grande definem se irão aderir ao movimento. 

De acordo com Osvaldo Mendes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), a categoria reivindica o cumprimento das cláusulas do acordo firmado em outubro de 2013. Os médicos também cobram o reajuste salarial e mais segurança nas unidades de Saúde. 

Durante a assembleia, os profissionais também discutiram sobre a terceirização do setor de urgência e emergência do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, melhores condições de trabalho e ajuizamento de ações de cobrança. 

Conforme Mendes, a categoria quer que os vencimentos sejam equiparados ao piso da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O reajuste faz parte da campanha nacional da categoria, que também foi aderida pelos profissionais que atuam no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), em Cuiabá, e no Pronto-Socorro de Várzea Grande. 

Conforme o diretor, na Capital o salário é de aproximadamente R$ 3,5 mil para 20 horas de serviço e para contratados é de R$ 2,8 mil. Com as gratificações, os salários podem chegar até a R$ 6 mil. Segundo Mendes, os médicos pleiteiam que o piso chegue a R$ 11.997,00 mil, como sugere a Fenam. 

Além disso, a categoria também reivindica mais segurança e policiamento preventivo nos postos de saúde da família (PSF), policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), para evitar que os profissionais sejam agredidos. No início do ano, um médico e uma técnica de enfermagem da Policlínica do Coxipó foram agredidos verbal e fisicamente por um paciente. A cena foi gravada e virou polêmica nas redes sociais. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada, porém não chegou a tempo de prender os agressores. 

Na tarde de ontem, os médicos que atuam no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá realizam um protesto por melhores condições de trabalho e mais segurança para a categoria. Os manifestantes também cobram o cumprimento de um acordo realizado com a Prefeitura de Cuiabá. 

Este foi o quarto protesto do gênero que os profissionais da saúde publica da Capital realizaram no último mês. Nos dias 15, 21 e 26 de janeiro a categoria já havia cruzado os braços em sinal de protesto. Somente os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos. 

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) possui um plano de contingenciamento para atenção básica. Segundo a assessoria, a Prefeitura também obteve uma liminar que obriga que seja mantido o atendimento em 30% nos postos de Programa de Saúde da Família (PSF) e de 100% nas policlínicas e Unidade de Pronto Atendimento (UPA). 





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