Mais de 150 participaram da manifestação contra o reajuste da tarifa
Eles afirmam que são contra a queima de ônibus na Capital e garantem que não estão envolvidos com os episódios envolvendo 2 ônibus que foram incendiados nesta segunda e terça-feira (26 e 27). Destacam que estão se manifestando de forma pacífica e querem discutir o tema.
Na comunidade criada no Facebook e denominada Bloco de Lutas Por Uma Vida Sem Catracas MT”, 786 pessoas confirmaram presença no ato. A pauta dos manifestantes é um manifesto contra o aumento da tarifa do transporte público que foi elevado de R$ 2,80 para R$ 3,10. Eles consideram um valor abusivo diante da precariedade dos serviços oferecidos pelas empresas que operam o serviço em Cuiabá.
No local, as pessoas circulavam normalmente, pois a Praça Ipiranga é uma das mais movimentadas de Cuiabá por estar no centro rodeada por lojas e empresas de uma maneira geral e também ser um ponto de embarque e desembarque do transporte coletivo. Guardas municipais de trânsito, os chamados amarelinhos, estiveram na região organizando o trânsito.
Os manifestantes sustentam que tentaram diálogo com o Conselho Municipal de Transporte quando o pedido de reajuste feito pelas empresas era debatido, mas foram barrados na última reunião que decidiu pelo aumento de 30 centavos na tarifa. O prefeito Mauro Mendes aprovou o valor e publicou um decreto na sexta-feira (24) e o aumento entrou em vigor na segunda-feira (26).
Um dos participantes do grupo, Valdemar Souza de Almeida, acusa o prefeito Mauro Mendes de cometer "estelionato eleitoral" porque na campanha de 2012, ele na condição de candidato, disse que era contra a retirada dos cobradores dos ônibus e depois de eleito nada fez e os motoristas passaram a acumular a função de dirigir e fazer as atividades antes realizadas pelos cobradores.
De acordo com o ativista, o Bloco de Lutas por uma Vida sem Catracas tem um calendário de atividades elaborado para discutir transporte público com a sociedade.
Após concentrar pelo menos 150 pessoas na praça Ipiranga, os manifestantes saíram às ruas do centro da Capital para questionar o aumento da tarifa. Aos gritos de "mãos ao alto, a tarifa é um assalto", entre outros gritos de guerra, eles percorreram um trajeto que compreende as avenidas Prainha, Getúlio Vargas, Barão de Melgaço e Isaac Póvoas, encerrando no ponto de partida.
Tanto a PM quanto os amarelinhos acompanharam o percurso, organizando o trânsito. Segundo os agentes de segurança, o grupo não teria comunicado as autoridades sobre o manifesto, que acabou chegando ao conhecimento da PM e dos amarelinhos via imprensa. A manifestação ocorreu pacificamente e recebeu apoio na praça.
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