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CIDADE
Terça - 27 de Janeiro de 2015 às 08:22
Por: Diário de Cuiabá

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 Esta semana deve ser de protesto contra o reajuste da tarifa de ônibus em Cuiabá. Estudantes universitários se reuniram ontem, no RU (restaurante estudantil da UFMT), para discutir e elaborar as ações dos movimentos de luta. 

O aumento de R$ 2,80 para R$ 3,10, que entrou em vigor ontem, não agradou nem um pouco os cuiabanos. O primeiro ato contra o aumento acontece nesta quarta-feira às 17 horas na Praça Ipiranga. 

O estudante Eduardo Mato, um dos líderes do bloco “Por uma Vida Sem Catracas”, rechaça a elevação tarifária. Para ele, não se justificaria qualquer correção do transporte urbano coletivo em um sistema sucateado o que serve a região metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande. 

“Não há justificativa econômica tampouco social”, enfatiza, listando alguns dos problemas, entre os quais o sucateamento da frota e a falta de licitação pública para estabelecer concorrência e melhorias dos serviços. 

Além de veículos velhos, a promessa de fazer com que 80% dos ônibus em circulação tivessem ar condicionado não está sendo cumprida pelo prefeito Mauro Mendes, reclama o estudante. Socialmente, assinala, não há argumento para o reajuste porque os trabalhadores não tiveram seus salários elevados na proporção das tarifas. “Quem recebeu aumento de 19% em um ano? indaga. Ninguém! A passagem de ônibus, essa sim. Esse foi o percentual de elevação do valor do transporte desde março de 2014”, completa. 

A estudante Maria Helena Pereira de Sousa Lima, 22, concorda com Eduardo Mato. Ela diz que não porque é estudante e tem direito ao passe livre que defenderia aumentos que contrariam a qualidade dos serviços e a as condições financeiras da maioria da população cuiabana. 

“Há pessoas que não pode sair de casa, até para uma consulta médica, por que não tem dinheiro para pagar o transporte”, protesta. Maria Helena diz que também se enquadra nessa situação, pois trabalha como autônoma principalmente nos finais de semana para se manter e ainda ajudar a família. 

O decreto assinado pelo prefeito Mauro Mendes, além do reajuste na tarifa, cria duas comissões. A primeira é composta por representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana, Instituto de Planejamento e Desenvolvimento e da Procuradoria Geral do Município.

Ela terá 180 dias de prazo para entregar um estudo de viabilidade técnica e jurídica para fazer uma nova licitação mediante concorrência pública para melhoria o serviço de transportes coletivos na capital. A última concessão foi feita em 2004, cujo prazo de vencimento era em 2012, mas foi prorrogada até junho de 2019. 





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