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Prisão de grafiteiros abre debate sobre arte de rua em Cuiabá
O Governo do Estado ainda está analisando o caso da jornalista e dos publicitários detidos em flagrante pela Polícia Militar, na madrugada deste domingo (25), enquanto faziam grafite na Trincheira Santa Rosa, em Cuiabá. O caso divide opiniões, e pode servir para abrir o debate sobre a regulamentação da arte.
O produtor cultural André Eduardo de Andrade, o publicitário André Gorayeb e a jornalista Simone Ishizuka, chegaram a ser encaminhados para a Central de Flagrante, mas foram liberados após assinarem um termo circunstanciado.
A polêmica gira em torno de uma postagem do Governo do Estado em uma rede social, no dia 22 de janeiro, apoiando um grafite feito por Gorayeb na Trincheira Jurumirim.
Em nota, o governo afirmou que reconhece e respeita todas as formas de manifestações artísticas, bem como reiterou a importância dos órgãos policiais para a promoção da segurança pública.
Segundo a assessoria, os policiais atenderam a um chamado de “pichação”, o que é considerado crime pela lei 9.605/1998, artigo 65, com pena de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.
Contudo, a lei foi modificada em 2011, permitindo o grafite, entendido como manifestação artística, mediante autorização do proprietário ou dos órgãos governamentais responsáveis pela conversação do local.
O grupo se manifestou dizendo que compreende a ação da Polícia Militar que estavam apenas fazendo o trabalho diante de uma denúncia era de pichação.
Mas eles contestam a atuação dos policiais que atenderam o caso, classificando-a como truculenta. Segundo os relatos, os agentes chegaram a remover as identificações das fardas durante a abordagem.
“Somos cidadãos de bem que queremos sempre a nossa cidade melhor e mais bela, através da arte que promovemos diariamente, mesmo que de forma simples e singela, mas que atinja o número máximo de pessoas que tenham a sensibilidade de entender o nosso amor pela cultura e por nossa terra”, disse a jornalista Simone Ishizuka em nota, publicada na sua página do Facebook.
CONSENTIMENTO
O grupo entendeu como autorização o elogio feito pelo Governo do Estado à ação anterior (ao lado) e decidiram fazer uma nova grafite.
“Entendemos o comentário do Governo como um incentivo à nossa ação e decidimos fazer uma nova. Vemos a arte como uma forma de livre manifestação do pensamento, por isso nem pensamos em pedir autorização escrita, porque isso limita o trabalho do artista”, disse André Eduardo.
PROTESTO
Segundo os grafiteiros, o desenho que seria feito na Trincheira Santa Rosa tinha um viés de protesto pelas condições da trincheira, que foi entregue com quase dois anos de atraso e apresenta defeitos no acabamento.
“Sugeri que fizéssemos algo especial na Trincheira do Santa Rosa por um motivo muito simples: a vergonha estampada da população através de uma obra grandiosa mal-acabada, com lodos, aços à mostra e objetos de construção ainda instalados no local”, escreveu a jornalista.
Todos os materiais utilizados (pincéis, rolinhos e tintas) foram apreendidos. O desenho continua inacabado, mas um dos artistas manifestou interesse em terminá-lo.
O produtor cultural André Eduardo de Andrade, o publicitário André Gorayeb e a jornalista Simone Ishizuka, chegaram a ser encaminhados para a Central de Flagrante, mas foram liberados após assinarem um termo circunstanciado.
A polêmica gira em torno de uma postagem do Governo do Estado em uma rede social, no dia 22 de janeiro, apoiando um grafite feito por Gorayeb na Trincheira Jurumirim.
Em nota, o governo afirmou que reconhece e respeita todas as formas de manifestações artísticas, bem como reiterou a importância dos órgãos policiais para a promoção da segurança pública.
Segundo a assessoria, os policiais atenderam a um chamado de “pichação”, o que é considerado crime pela lei 9.605/1998, artigo 65, com pena de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.
Contudo, a lei foi modificada em 2011, permitindo o grafite, entendido como manifestação artística, mediante autorização do proprietário ou dos órgãos governamentais responsáveis pela conversação do local.
O grupo se manifestou dizendo que compreende a ação da Polícia Militar que estavam apenas fazendo o trabalho diante de uma denúncia era de pichação.
Mas eles contestam a atuação dos policiais que atenderam o caso, classificando-a como truculenta. Segundo os relatos, os agentes chegaram a remover as identificações das fardas durante a abordagem.
“Somos cidadãos de bem que queremos sempre a nossa cidade melhor e mais bela, através da arte que promovemos diariamente, mesmo que de forma simples e singela, mas que atinja o número máximo de pessoas que tenham a sensibilidade de entender o nosso amor pela cultura e por nossa terra”, disse a jornalista Simone Ishizuka em nota, publicada na sua página do Facebook.
CONSENTIMENTO
O grupo entendeu como autorização o elogio feito pelo Governo do Estado à ação anterior (ao lado) e decidiram fazer uma nova grafite.
“Entendemos o comentário do Governo como um incentivo à nossa ação e decidimos fazer uma nova. Vemos a arte como uma forma de livre manifestação do pensamento, por isso nem pensamos em pedir autorização escrita, porque isso limita o trabalho do artista”, disse André Eduardo.
PROTESTO
Segundo os grafiteiros, o desenho que seria feito na Trincheira Santa Rosa tinha um viés de protesto pelas condições da trincheira, que foi entregue com quase dois anos de atraso e apresenta defeitos no acabamento.
“Sugeri que fizéssemos algo especial na Trincheira do Santa Rosa por um motivo muito simples: a vergonha estampada da população através de uma obra grandiosa mal-acabada, com lodos, aços à mostra e objetos de construção ainda instalados no local”, escreveu a jornalista.
Todos os materiais utilizados (pincéis, rolinhos e tintas) foram apreendidos. O desenho continua inacabado, mas um dos artistas manifestou interesse em terminá-lo.
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/10253/visualizar/
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