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Presidente afirmou que país pode se considerar vitorioso na organização. Ela reuniu 17 ministros para apresentar à imprensa balanço do evento.
Em balanço da Copa, Dilma diz que Brasil derrotou prognósticos
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Ao lado de ministros, Dilma faz balanço da organização da Copa do Mundo
Um dia após o encerramento do Mundial da Fifa, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14) durante apresentação de balanço do evento que o Brasil derrotou a "previsão pessimista" e os prognósticos "terríveis" e conseguiu realizar “a Copa das Copas”.
A presidente reuniu 17 ministros para fazer a apresentação à imprensa do balanço da Copa do Mundo. Participaram, entre outros, José Eduardo Cardozo (Justiça), Aldo Rebelo (Esporte), Paulo Bernardo (Comunicações), Thomas Traumann (Comunicação Social), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa). Na maior parte dos pronunciamentos, os ministros seguiram o protocolo de apresentar o balanço relativo a cada área, rebateram críticas e fizeram comentários sobre o legado da Copa em suas áreas.
“Os prognósticos que se faziam sobre a Copa eram os mais terríveis possíveis. Começava com ‘não vai ter Copa’ e com ‘vai ser a Copa do caos’. Derrotamos a previsão pessimista e realizamos essa Copa das Copas”, disse Dilma.
O torneio da Fifa, que reuniu seleções de 32 países, terminou neste domingo (13) com a vitória da Alemanha sobre a Argentina, por 1 a 0. Os protestos que tomaram as ruas do país em junho do ano passado foram escassos durante o campeonato, e a hospitalidade dos brasileiros foi citada pelos estrangeiros que passaram pelo país como o ponto forte da Copa.
Sobre o desempenho da seleção brasileira, derrotada por 7 a 1 pela Alemanha e por 3 a 0 pela Holanda na disputa do terceiro lugar, a presidente afirmou que “tudo na vida é superação” e pediu para o país “dar a volta por cima”.
“O Brasil demonstrou dignidade ao ter esse revés num jogo. Mostrou que tem dignidade. É preciso atitude para saber perder. O Brasil mostrou que é capaz não só de fazer a Copa das Copas, mas de enfrentar o que aconteceu”, disse.
Organização da Copa
Dilma afirmou ainda que organizar o Mundial “foi uma árdua conquista” para o governo federal. Segundo ela, o Brasil demonstrou que tem condições de assegurar infraestrutura, segurança e tratamento adequado a turistas, seleções e chefes de Estado.
"Nós vivemos nesses dias uma festa fantástica. Mais uma vez, o povo brasileiro revelou sua capacidade de bem receber. Mais uma vez, o governo federal, os governos estaduais, os prefeitos das 12 cidades-sedes e, sem sombra de dúvida, os torcedores e amantes do futebol, asseguraram uma festa que é sem dúvida uma das mais bonitas do mundo."
Turistas estrangeiros
Depois de Dilma fazer um balanço sobre o evento da Fifa, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o Mundial "encantou" os torcedores e ficará na memória dos que participaram da preparação.
Ao todo, segundo ministro, mais de um 1 milhão de turistas estrangeiros (de 202 países) estiveram no Brasil durante o torneio; 16,7 milhões de passageiros viajaram de avião (média diária de 548 mil em cada cidade-sede); 3 bilhões de interações foram registradas nas redes sociais; 3,4 milhões de torcedores assistiram aos jogos nos estádios; e 5,1 milhões de pessoas foram às Fan Fests, estruturas criadas nas cidades-sedes com shows e telões para os torcedores assistirem aos jogos.
“Se a gente fizer uma análise um pouco mais sóbria hoje [da organização do Mundial], nós perdemos, seguramente, a taça, mas o Brasil ganhou a Copa como um grande evento. E o mundo inteiro admirou a preparação da Copa, e as razões são muitas. E, talvez, a mais profunda, é como o futebol está na alma do nosso povo”, disse Mercadante. "Imagina agora nas Olimpíadas, depois do que fizemos na Copa", complementou.
Comunicações
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que foram transmitidos 26,7 terabytes de dados nos estádios durante os 64 jogos do Mundial. Em sua apresentação, ele informou que foram instaladas 3,7 mil antenas de telefonia móvel nas arenas.
Segundo Bernardo, não houve durante a Copa falhas de transmissão tanto durante as partidas quanto em relação aos programas que eram transmitidos no período. Segundo ele, foram 517 horas de transmissão de áudio e vídeo dos jogos. Ao todo, foram montados 15 mil quilômetros de redes de fibra ótica para o Mundial.
Aeroportos
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, apresentou dados sobre o movimento de passageiros nos aeroportos nas 12 cidades-sede do Mundial. Segundo ele, 16,7 milhões de pessoas viajaram de avião na Copa e 92,54% dos voos saíram no horário previsto (quando os atrasos só são considerados após 30 minutos).
“A infraestrutura aeroportuária conseguiu atender adequadamente o maior evento esportivo do mundo. Este fato é um fato que se deu não só pelos investimentos, mas por uma política de aviação civil para colocar o setor em outro patamar”, disse o ministro.
De acordo com Moreira Franco, foram registrados 263 mil pousos e decolagens nas cidades-sede do Mundial; o aeroporto mais procurado durante a Copa foi o de Guarulhos (SP), que recebeu 3,8 milhões de passageiros, e o recorde de movimentação em um dia foi em 3 de julho, quando 548 mil pessoas viajaram de avião.
Defesa
O ministro da Defesa, Celso Amorim, relatou as atividades das Forças Armadas durante o Mundial. Segundo ele, foram empregados pela pasta R$ 700 milhões para garantir a defesa e ações de inteligência “cibernética” na Copa.
O efetivo de militares que atuou nos jogos, segundo ele, foi de 59.523 homens e mulheres, dos quais 13,125 mil da Marinha, 38,233 mil do Exército e 8,165 mil da Aeronáutica. Foram utilizadas 77 aeronaves militares e 61 helicópteros.
Energia
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que não houve falha na rede de energia que afetasse ou interferisse na realização dos jogos. Segundo ele, para garantir a energia no Mundial, foram realizadas 123 obras na rede de distribuição e outras 77 na rede básica (subestações e linhas de transmissão).
“Em muitos casos, telefonei aos governadores pedindo empenho pessoal. O fato é que chegamos à conclusão de que as obras que realizamos acudiram o setor de maneira precisa”, disse Lobão. Para o ministro, o sistema elétrico “funcionou como um relógio suíço”. “E se tudo o mais falhasse, ainda teríamos os geradores no estádio que nos garantiria ver os jogos”, disse.
Saúde
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, criticou o que chamou de “terror” – as suspeitas de que poderia haver uma epidemia de dengue no Brasil durante o Mundial. De acordo com o ministro, a União investiu R$ 5,4 bilhões nas ações de saúde, utilizados para a compra de 532 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais.
Imprensa
De acordo com o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, 20 mil profissionais de imprensa de 113 países cobriram o Mundial. Para os centros abertos de mídia, 10,6 mil repórteres foram credenciados, informou.
A presidente reuniu 17 ministros para fazer a apresentação à imprensa do balanço da Copa do Mundo. Participaram, entre outros, José Eduardo Cardozo (Justiça), Aldo Rebelo (Esporte), Paulo Bernardo (Comunicações), Thomas Traumann (Comunicação Social), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa). Na maior parte dos pronunciamentos, os ministros seguiram o protocolo de apresentar o balanço relativo a cada área, rebateram críticas e fizeram comentários sobre o legado da Copa em suas áreas.
“Os prognósticos que se faziam sobre a Copa eram os mais terríveis possíveis. Começava com ‘não vai ter Copa’ e com ‘vai ser a Copa do caos’. Derrotamos a previsão pessimista e realizamos essa Copa das Copas”, disse Dilma.
O torneio da Fifa, que reuniu seleções de 32 países, terminou neste domingo (13) com a vitória da Alemanha sobre a Argentina, por 1 a 0. Os protestos que tomaram as ruas do país em junho do ano passado foram escassos durante o campeonato, e a hospitalidade dos brasileiros foi citada pelos estrangeiros que passaram pelo país como o ponto forte da Copa.
Sobre o desempenho da seleção brasileira, derrotada por 7 a 1 pela Alemanha e por 3 a 0 pela Holanda na disputa do terceiro lugar, a presidente afirmou que “tudo na vida é superação” e pediu para o país “dar a volta por cima”.
“O Brasil demonstrou dignidade ao ter esse revés num jogo. Mostrou que tem dignidade. É preciso atitude para saber perder. O Brasil mostrou que é capaz não só de fazer a Copa das Copas, mas de enfrentar o que aconteceu”, disse.
Organização da Copa
Dilma afirmou ainda que organizar o Mundial “foi uma árdua conquista” para o governo federal. Segundo ela, o Brasil demonstrou que tem condições de assegurar infraestrutura, segurança e tratamento adequado a turistas, seleções e chefes de Estado.
"Nós vivemos nesses dias uma festa fantástica. Mais uma vez, o povo brasileiro revelou sua capacidade de bem receber. Mais uma vez, o governo federal, os governos estaduais, os prefeitos das 12 cidades-sedes e, sem sombra de dúvida, os torcedores e amantes do futebol, asseguraram uma festa que é sem dúvida uma das mais bonitas do mundo."
Turistas estrangeiros
Depois de Dilma fazer um balanço sobre o evento da Fifa, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o Mundial "encantou" os torcedores e ficará na memória dos que participaram da preparação.
Ao todo, segundo ministro, mais de um 1 milhão de turistas estrangeiros (de 202 países) estiveram no Brasil durante o torneio; 16,7 milhões de passageiros viajaram de avião (média diária de 548 mil em cada cidade-sede); 3 bilhões de interações foram registradas nas redes sociais; 3,4 milhões de torcedores assistiram aos jogos nos estádios; e 5,1 milhões de pessoas foram às Fan Fests, estruturas criadas nas cidades-sedes com shows e telões para os torcedores assistirem aos jogos.
“Se a gente fizer uma análise um pouco mais sóbria hoje [da organização do Mundial], nós perdemos, seguramente, a taça, mas o Brasil ganhou a Copa como um grande evento. E o mundo inteiro admirou a preparação da Copa, e as razões são muitas. E, talvez, a mais profunda, é como o futebol está na alma do nosso povo”, disse Mercadante. "Imagina agora nas Olimpíadas, depois do que fizemos na Copa", complementou.
Comunicações
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que foram transmitidos 26,7 terabytes de dados nos estádios durante os 64 jogos do Mundial. Em sua apresentação, ele informou que foram instaladas 3,7 mil antenas de telefonia móvel nas arenas.
Segundo Bernardo, não houve durante a Copa falhas de transmissão tanto durante as partidas quanto em relação aos programas que eram transmitidos no período. Segundo ele, foram 517 horas de transmissão de áudio e vídeo dos jogos. Ao todo, foram montados 15 mil quilômetros de redes de fibra ótica para o Mundial.
Aeroportos
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, apresentou dados sobre o movimento de passageiros nos aeroportos nas 12 cidades-sede do Mundial. Segundo ele, 16,7 milhões de pessoas viajaram de avião na Copa e 92,54% dos voos saíram no horário previsto (quando os atrasos só são considerados após 30 minutos).
“A infraestrutura aeroportuária conseguiu atender adequadamente o maior evento esportivo do mundo. Este fato é um fato que se deu não só pelos investimentos, mas por uma política de aviação civil para colocar o setor em outro patamar”, disse o ministro.
De acordo com Moreira Franco, foram registrados 263 mil pousos e decolagens nas cidades-sede do Mundial; o aeroporto mais procurado durante a Copa foi o de Guarulhos (SP), que recebeu 3,8 milhões de passageiros, e o recorde de movimentação em um dia foi em 3 de julho, quando 548 mil pessoas viajaram de avião.
Defesa
O ministro da Defesa, Celso Amorim, relatou as atividades das Forças Armadas durante o Mundial. Segundo ele, foram empregados pela pasta R$ 700 milhões para garantir a defesa e ações de inteligência “cibernética” na Copa.
O efetivo de militares que atuou nos jogos, segundo ele, foi de 59.523 homens e mulheres, dos quais 13,125 mil da Marinha, 38,233 mil do Exército e 8,165 mil da Aeronáutica. Foram utilizadas 77 aeronaves militares e 61 helicópteros.
Energia
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que não houve falha na rede de energia que afetasse ou interferisse na realização dos jogos. Segundo ele, para garantir a energia no Mundial, foram realizadas 123 obras na rede de distribuição e outras 77 na rede básica (subestações e linhas de transmissão).
“Em muitos casos, telefonei aos governadores pedindo empenho pessoal. O fato é que chegamos à conclusão de que as obras que realizamos acudiram o setor de maneira precisa”, disse Lobão. Para o ministro, o sistema elétrico “funcionou como um relógio suíço”. “E se tudo o mais falhasse, ainda teríamos os geradores no estádio que nos garantiria ver os jogos”, disse.
Saúde
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, criticou o que chamou de “terror” – as suspeitas de que poderia haver uma epidemia de dengue no Brasil durante o Mundial. De acordo com o ministro, a União investiu R$ 5,4 bilhões nas ações de saúde, utilizados para a compra de 532 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em hospitais.
Imprensa
De acordo com o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, 20 mil profissionais de imprensa de 113 países cobriram o Mundial. Para os centros abertos de mídia, 10,6 mil repórteres foram credenciados, informou.
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