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Bastaram três ou quatro minutos de bola rolando para que a seleção brasileira mostrasse que não era a mesma das quatro primeiras partidas da Copa
CONTRA ALEMANHA: Zaga resolve e Brasil está na semifinal
Bastaram três ou quatro minutos de bola rolando para que a seleção brasileira mostrasse que não era a mesma ...
A seleção brasileira voltou a passar sufoco, mas deu o aguardado quinto passo em busca de chegar à final da Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, depois de uma atuação convincente no primeiro tempo, justificando o canto de ‘o campeão voltou‘, o Brasil levou pressão na etapa final, especialmente nos últimos minutos, mas venceu a Colômbia por 2 a 1, na Arena Castelão, em Fortaleza. O triunfo veio graças a gols dos dois zagueiros: Thiago Silva e David Luiz. James Rodríguez, de pênalti, descontou. Agora é a Alemanha, três vezes campeã, que estará no caminho do Brasil.
Até terça, data da semifinal no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, a seleção brasileira deverá ter relativa tranquilidade. Afinal, se nos últimos dias os jogadores tiveram que se explicar pelo abalo emocional e o futebol ruim nas oitavas de final, diante do Chile, nesta sexta a equipe de Luiz Felipe Scolari mostrou a serenidade e a gana tão cobradas pela torcida na campanha até aqui. No fim, porém, levou pressão da boa equipe da Colômbia.
Na semifinal, o Brasil não vai contar com um dos heróis da vitória desta sexta. Thiago Silva marcou o primeiro gol brasileiro, logo aos 6 minutos de partida, e foi perfeito na defesa. Mas, no segundo tempo, atrapalhou uma reposição de bola de Ospina, levou o segundo cartão amarelo e está suspenso para pegar a Alemanha. Dante é o substituto natural.
Destaque do Mundial até as oitavas de final, James Rodríguez foi anulado pela marcação brasileira em boa parte do jogo. Ele apareceu quando fez a falta que David Luiz cobrou com perfeição para ampliar o placar no segundo tempo e também ao enfiar a bola para Bacca ser derrubado por Julio Cesar na área. Ele mesmo cobrou o pênalti para fazer seu sexto gol e se despedir da Copa como artilheiro isolado dela até aqui.
Os colombianos, que vinham de quatro vitórias, vão embora de cabeça erguida. Mas, em uma Copa com surpresas como Grécia, Argélia e Costa Rica, os mata-matas vêm separando os grandes dos pequenos. Em uma semifinal estão Brasil (pela 11.Ð vez) e Alemanha (pela 14.Ð, um recorde). A outra pode ter Argentina e Holanda, que enfrentam Bélgica e Costa Rica, respectivamente, neste sábado.
O jogo - Bastaram três ou quatro minutos de bola rolando para que a seleção brasileira mostrasse que não era a mesma das quatro primeiras partidas da Copa. Era aquela equipe que venceu e convenceu na Copa das Confederações, mostrando segurança e marcando forte a saída de bola. Até a postura antes do apito inicial foi outra, com expressões mais sérias e menos abaladas emocionalmente durante a execução do Hino Nacional.
A marcação individual na saída de bola fez a defesa colombiana rifar uma bola aos 3 minutos. Fernandinho cortou de cabeça e ela chegou até Neymar, que sofreu falta. Na cobrança, o craque mandou para fora. Já no segundo lance de perigo, surgido de maneira parecida, saiu o gol. Fernandinho recuperou no meio e deu para Neymar, que conseguiu escanteio. Desta vez a bola parada foi perfeita: atravessou toda a área e chegou até Thiago Silva, na segunda trave.
O gol aos 6 minutos era o que a seleção precisava para adquirir confiança e para Thiago Silva extravasar a emoção entalada após uma saraivada de críticas pela postura na decisão por pênaltis contra o Chile, quando mostrou-se abalado e pediu para ser o último a bater.
Logo após o gol, a Colômbia até avançou, mas claramente não tinha o mesmo espírito da seleção, que jogava com determinação, brigando por toda a bola. Se no ataque o Brasil passou por problemas até os 20 minutos, errando muitos passes, na defesa não deixava Julio Cesar ter trabalho. Aos 10, quando Cuadrado deu chute perigoso, Thiago Silva se jogou na bola, que bateu nele e saiu. O capitão também foi perfeito na única desatenção da zaga, quando a Colômbia ficou em três contra um. Preciso, cortou o passe de James Rodriguez para Teófilo Gutiérrez.
No ataque, as coisas melhoraram a partir de um lance em que Hulk chutou pingando e Ospina deu rebote. Na sequência, Oscar tentou colocado e o goleiro segurou. Ospina voltaria a trabalhar bem em chute forte de Hulk, aos 27 minutos. Com espaço pela esquerda, o atacante foi o melhor homem ofensivo do Brasil no primeiro tempo e também chutou bola perigosa, por cima, aos 38.
Do outro lado do campo, Julio Cesar só assistiu ao primeiro tempo. O goleiro só trabalhou pela primeira vez aos 37 minutos, para cortar um cruzamento de James Rodríguez. O garoto do Monaco, aliás, quase não apareceu até o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, a Colômbia voltou com o atacante Adrián Ramos no time, mostrando que buscaria o empate. Logo o ritmo do jogo, que era definido pelo Brasil, passou a ser determinado pelos colombianos. Como diz o jargão do futebol, eles começaram a ‘gostar do jogo‘.
A zaga brasileira, que melhorou muito com Maicon no time titular, seguia perfeita, mas o ataque sentia a falta de um articulador. Os três homens de meio de campo estavam muito bem na marcação - especialmente Fernandinho -, mas criavam pouco. Para piorar, Fred e Neymar não estavam inspirados.
Menos mal que o dia era mesmo dos zagueiros. Aos 21 minutos, James Rodríguez fez falta em Hulk na intermediária defensiva e recebeu o cartão amarelo. David Luiz foi para cobrança e, misturando força e efeito, mandou no ângulo esquerdo do gol colombiano, sem qualquer chance de defesa para Ospina. O gol foi o segundo do defensor, considerado pela Fifa o melhor jogador da Copa até as oitavas.
O jogo se desenvolvia para uma classificação tranquila do Brasil quando James Rodríguez enfiou bola para Bacca, que tirou de Julio Cesar e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti claro, que o meia bateu deslocando Julio Cesar para fazer o seu sexto gol na Copa, aos 33 minutos.
Dali até o fim do jogo, a partida seria de ataque contra defesa. Mal com a bola nos pés, Oscar e Neymar não conseguiam puxar contra-ataques da forma que sabem. Aos 40 minutos, o jogador do Barcelona ainda sofreu uma falta dura de Zuñiga e, com dores nas costas, precisou ser substituído.
Foram sete minutos sem Neymar e com Henrique como terceiro zagueiro, com o Brasil chamando a Colômbia. Até o goleiro Ospina foi para a área na tentativa de um cabeceio, mas a partida acabou sem Julio Cesar ter feito nenhuma defesa.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 x 1 COLÈMBIA
BRASIL - Julio Cesar; Maicon, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Paulinho (Hernanes), Fernandinho e Oscar; Hulk (Ramires), Neymar (Henrique) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
COLÈMBIA - Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero; Carlos Sánchez, Guarín, Cuadrado (Quintero) e James Rodríguez; Ibarbo (Adrián Ramos) e Teófilo Gutiérrez (Bacca). Técnico: José Pekerman.
GOLS - Thiago Silva, aos 6 minutos do primeiro tempo; David Luiz, aos 22, e James Rodríguez (pênalti), aos 33 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Carlos Velasco (Fifa/Espanha).
CARTÕES AMARELOS - Thiago Silva (Brasil); Yepes e James Rodríguez (Colômbia).
RENDA - Não disponíveis.
P·BLICO - 60.342 pessoas.
LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).
Até terça, data da semifinal no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, a seleção brasileira deverá ter relativa tranquilidade. Afinal, se nos últimos dias os jogadores tiveram que se explicar pelo abalo emocional e o futebol ruim nas oitavas de final, diante do Chile, nesta sexta a equipe de Luiz Felipe Scolari mostrou a serenidade e a gana tão cobradas pela torcida na campanha até aqui. No fim, porém, levou pressão da boa equipe da Colômbia.
Na semifinal, o Brasil não vai contar com um dos heróis da vitória desta sexta. Thiago Silva marcou o primeiro gol brasileiro, logo aos 6 minutos de partida, e foi perfeito na defesa. Mas, no segundo tempo, atrapalhou uma reposição de bola de Ospina, levou o segundo cartão amarelo e está suspenso para pegar a Alemanha. Dante é o substituto natural.
Destaque do Mundial até as oitavas de final, James Rodríguez foi anulado pela marcação brasileira em boa parte do jogo. Ele apareceu quando fez a falta que David Luiz cobrou com perfeição para ampliar o placar no segundo tempo e também ao enfiar a bola para Bacca ser derrubado por Julio Cesar na área. Ele mesmo cobrou o pênalti para fazer seu sexto gol e se despedir da Copa como artilheiro isolado dela até aqui.
Os colombianos, que vinham de quatro vitórias, vão embora de cabeça erguida. Mas, em uma Copa com surpresas como Grécia, Argélia e Costa Rica, os mata-matas vêm separando os grandes dos pequenos. Em uma semifinal estão Brasil (pela 11.Ð vez) e Alemanha (pela 14.Ð, um recorde). A outra pode ter Argentina e Holanda, que enfrentam Bélgica e Costa Rica, respectivamente, neste sábado.
O jogo - Bastaram três ou quatro minutos de bola rolando para que a seleção brasileira mostrasse que não era a mesma das quatro primeiras partidas da Copa. Era aquela equipe que venceu e convenceu na Copa das Confederações, mostrando segurança e marcando forte a saída de bola. Até a postura antes do apito inicial foi outra, com expressões mais sérias e menos abaladas emocionalmente durante a execução do Hino Nacional.
A marcação individual na saída de bola fez a defesa colombiana rifar uma bola aos 3 minutos. Fernandinho cortou de cabeça e ela chegou até Neymar, que sofreu falta. Na cobrança, o craque mandou para fora. Já no segundo lance de perigo, surgido de maneira parecida, saiu o gol. Fernandinho recuperou no meio e deu para Neymar, que conseguiu escanteio. Desta vez a bola parada foi perfeita: atravessou toda a área e chegou até Thiago Silva, na segunda trave.
O gol aos 6 minutos era o que a seleção precisava para adquirir confiança e para Thiago Silva extravasar a emoção entalada após uma saraivada de críticas pela postura na decisão por pênaltis contra o Chile, quando mostrou-se abalado e pediu para ser o último a bater.
Logo após o gol, a Colômbia até avançou, mas claramente não tinha o mesmo espírito da seleção, que jogava com determinação, brigando por toda a bola. Se no ataque o Brasil passou por problemas até os 20 minutos, errando muitos passes, na defesa não deixava Julio Cesar ter trabalho. Aos 10, quando Cuadrado deu chute perigoso, Thiago Silva se jogou na bola, que bateu nele e saiu. O capitão também foi perfeito na única desatenção da zaga, quando a Colômbia ficou em três contra um. Preciso, cortou o passe de James Rodriguez para Teófilo Gutiérrez.
No ataque, as coisas melhoraram a partir de um lance em que Hulk chutou pingando e Ospina deu rebote. Na sequência, Oscar tentou colocado e o goleiro segurou. Ospina voltaria a trabalhar bem em chute forte de Hulk, aos 27 minutos. Com espaço pela esquerda, o atacante foi o melhor homem ofensivo do Brasil no primeiro tempo e também chutou bola perigosa, por cima, aos 38.
Do outro lado do campo, Julio Cesar só assistiu ao primeiro tempo. O goleiro só trabalhou pela primeira vez aos 37 minutos, para cortar um cruzamento de James Rodríguez. O garoto do Monaco, aliás, quase não apareceu até o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, a Colômbia voltou com o atacante Adrián Ramos no time, mostrando que buscaria o empate. Logo o ritmo do jogo, que era definido pelo Brasil, passou a ser determinado pelos colombianos. Como diz o jargão do futebol, eles começaram a ‘gostar do jogo‘.
A zaga brasileira, que melhorou muito com Maicon no time titular, seguia perfeita, mas o ataque sentia a falta de um articulador. Os três homens de meio de campo estavam muito bem na marcação - especialmente Fernandinho -, mas criavam pouco. Para piorar, Fred e Neymar não estavam inspirados.
Menos mal que o dia era mesmo dos zagueiros. Aos 21 minutos, James Rodríguez fez falta em Hulk na intermediária defensiva e recebeu o cartão amarelo. David Luiz foi para cobrança e, misturando força e efeito, mandou no ângulo esquerdo do gol colombiano, sem qualquer chance de defesa para Ospina. O gol foi o segundo do defensor, considerado pela Fifa o melhor jogador da Copa até as oitavas.
O jogo se desenvolvia para uma classificação tranquila do Brasil quando James Rodríguez enfiou bola para Bacca, que tirou de Julio Cesar e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti claro, que o meia bateu deslocando Julio Cesar para fazer o seu sexto gol na Copa, aos 33 minutos.
Dali até o fim do jogo, a partida seria de ataque contra defesa. Mal com a bola nos pés, Oscar e Neymar não conseguiam puxar contra-ataques da forma que sabem. Aos 40 minutos, o jogador do Barcelona ainda sofreu uma falta dura de Zuñiga e, com dores nas costas, precisou ser substituído.
Foram sete minutos sem Neymar e com Henrique como terceiro zagueiro, com o Brasil chamando a Colômbia. Até o goleiro Ospina foi para a área na tentativa de um cabeceio, mas a partida acabou sem Julio Cesar ter feito nenhuma defesa.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 x 1 COLÈMBIA
BRASIL - Julio Cesar; Maicon, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Paulinho (Hernanes), Fernandinho e Oscar; Hulk (Ramires), Neymar (Henrique) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
COLÈMBIA - Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero; Carlos Sánchez, Guarín, Cuadrado (Quintero) e James Rodríguez; Ibarbo (Adrián Ramos) e Teófilo Gutiérrez (Bacca). Técnico: José Pekerman.
GOLS - Thiago Silva, aos 6 minutos do primeiro tempo; David Luiz, aos 22, e James Rodríguez (pênalti), aos 33 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Carlos Velasco (Fifa/Espanha).
CARTÕES AMARELOS - Thiago Silva (Brasil); Yepes e James Rodríguez (Colômbia).
RENDA - Não disponíveis.
P·BLICO - 60.342 pessoas.
LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).
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