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PARALISAÇÃO
Sábado - 10 de Maio de 2014 às 18:47
Por: Gazeta Digital

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Divulgação
Sindicato informa que 90% dos servidores efetivos e 30% dos contratados e comissionados aderiram à greve
Sindicato informa que 90% dos servidores efetivos e 30% dos contratados e comissionados aderiram à greve
Por reajustes salariais de até 19%, os servidores de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá) deflagraram greve na sexta-feira (9) por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada em assembleia-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) na última terça-feira (6) e atinge pelo menos 90% dos 2,5 mil funcionários efetivos e cerca de 30% dos temporários e comissionados. O município tem hoje cerca de 6 mil servidores entre efetivos e contratados. Rondonópolis é o terceiro maior município mato-grossense em contingente populacional e número de eleitores.

Eles reivindicam a conclusão de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a categoria que está em discussão desde o início de 2013 e ainda pedem reajustes salariais de até 19% para algumas categorias, pois este percentual teria sido uma das promessas de campanha do então candidato Percival Muniz (PPS) em 2012. A categoria tem consciência de que muitas das promessas de campanha acabam não cumpridas depois que o candidato é eleito, mas o presidente do sindicato, Rubens de Oliveira Paulo, destaca que eles têm tudo gravado as promessas de Percival e vão exigir o cumprimento. Melhoria nas condições de trabalho também é uma das principais reivindicações.

A greve atinge todos os serviços públicos da cidade, desde escolas que suspenderam as aulas, postos de saúde, serviço de tratamento e distribuição de água, limpeza, vigilância, Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). O sindicalista disse ao Gazeta Digital que Prefeitura estava praticamente paralisada nesta sexta-feira e será assim pelos próximos dias até que haja acordo nas negociações. Destacou, porém, que será mantido o efetivo de 30% dos funcionários que trabalham no setor da Saúde, área considerada essencial. Também será feita uma avaliação quanto ao atendimento da Secretaria de Receita.

Rubens de Oliveira afirma que depois de eleito, Percival não cumpriu a promessa e sequer reconhece o sindicato. O sindicalista, que é professor, destaca que não conseguiu o direito de se afastar das atividades para assumir o sindicato e por isso recorreu à Justiça ganhando uma liminar que o mantém à frente do sindicato. Afirma que o prefeito ignora o Sispmur e por isso quem vem conduzindo as negociações e participando das reuniões é o vice-prefeito Rogério Salles (PSDB).

Uma reunião foi realizada na noite de quinta-feira (8) e ficou definido que o sindicato vai encaminhar ao vice-prefeito uma proposta com os principais itens reivindicados. Por outro lado, a Prefeitura deverá fazer outra contraproposta. De acordo com o presidente do sindicato, já houve uma proposta da Prefeitura para reajuste de 10% para dos servidores em início de carreira enquanto aqueles que têm mais de 12 anos de casa não teriam aumento real. “A proposta é inviável e recusamos. Mas temos certeza que vamos encontrar uma solução e vamos entrar num acordo”, destaca Rubens.

No primeiro dia de paralisação os servidores se reuniram na sede do sindicato e reafirmaram que a luta não é exclusiva de aumento salarial. Eles fizeram um planejamento das ações durante o período de greve e ficou decidido que os atos de greve vão ocorrer 3 vezes por semana. Na próxima segunda-feira (12) os servidores vão se reunir às 12h na frente da Prefeitura. Na quarta-feira (14) o encontro será promovido às 13h na Câmara Municipal com objetivo de buscar apoio junto ao Legislativo Rondopolitano. A categoria espera que o prefeito se sensibilize e atenda a pauta dos servidores. Depois, o próximo encontro será na sexta-feira (16), às 7h30 na Praça Brasil, onde os servidores devem ser reunir e sair em caminhada até a Prefeitura, passando pelas principais ruas do centro de Rondonópolis.

 





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