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PARALISAÇÃO
Segunda - 10 de Março de 2014 às 12:59

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Marcos Landim/TVCA
Cerca de 190 trabalhadores estão parados por tempo indeterminado
Cerca de 190 trabalhadores estão parados por tempo indeterminado
Operários da obra do Centro Oficial de Treinamento da UFMT (COT-UFMT) estão fazendo um protesto por melhores condições de trabalho na obra. Eles paralisaram os serviços desde às 7hs desta segunda (10), em protesto contra as más condições de trabalho no local. Cerca de 190 trabalhadores estão parados.

De acordo com informações dos trabalhadores, os banheiros estão entupidos, não há água no bebedouro, e os salários deste mês estão atrasados. Eles reclamam ainda do não fornecimento de vales e passe de ônibus, e alegam que a empresa responsável pela obra, a construtora Engeglobal, não apresenta qualquer solução para o impasse. 
Os trabalhadores permanecerão parados por tempo indeterminado.

No último dia 24, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) encaminhou ao órgãos de fiscalização trabalhista sobre as péssimas condições de trabalho nas obras do COT da UFMT.

A denúncia já foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e será entregue ainda nesta segunda  à Secopa-MT e à empresa.

O sindicato recebeu reclamações de trabalhadores sobre itens como a falta de vasos sanitários, de chuveiros e de armários suficientes para atender aos 190 operários; alimentação servida em marmitex em quantidade insuficiente para a maioria deles; cartão de ponto "batido" por terceiros e não pelo próprio trabalhador e a existência de apenas um relógio de ponto, o que provoca enormes filas e desconforto. Também há reclamação sobre falta de repasse de vale combustível e de adiantamento quinzenal, quando solicitados, e sobre a  má qualidade da água servida no local.

Outra denúncia é quanto a algumas horas extras não contabilizadas. De acordo com relatos dos operários, o final do expediente está sendo registrado às 16 horas nos cartões de ponto, mas todos trabalham até às 19 horas. A denúncia aponta ainda que a empresa não está depositando o FGTS.

O sindicato visitou a obra no último dia 10 de fevereiro e constatou in loco as reclamações. Reuniu-se posteriormente com os trabalhadores e com a direção da construtora, com a qual tentou diálogo, sem sucesso. O prazo máximo dado para que a Engeglobal resolvesse a questão esgotou-se no dia 20 de fevereiro, mas não houve resposta da empresa.





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