Seria preciso mais de 30 mil antenas para suportar a demanda atual. País fechou o ano de 2013 com mais de 270 milhões de acessos móveis.
Infraestrutura não acompanhou o aumento de dispositivos móveis
Quantidade de celulares e tablets em operação supera o número de brasileiros. Segundo a Anatel, para cada 100 habitantes há, em média, 136 dispositivos móveis. Um desafio para o setor, que teve acesso recorde em 2013.
A enfermeira Renata Raquel Ribeiro de Almeida comprou um celular há dois anos, na esperança de ter telefone por perto durante 24 horas. Para surpresa dela, o aparelho não pega em vários pontos.
O Brasil fechou o ano passado com mais de 270 milhões de acessos móveis. Um aumento de mais de 300% em relação há 2004. O Distrito Federal registrou a maior distribuição de dispositivos móveis por cada 100 habitantes. Maranhão foi estado que teve menos. No último ano, houve um aumento de 50% na procura por banda larga.
Segundo o sindicato das empresas de telefonia, o acesso em massa a vídeos na internet provoca uma sobrecarga no sistema, o que prejudica o serviço. O diretor do Sinditelebrasil Carlos Duprat diz que o investimento foi de R$ 25 bilhões no setor em 2013. Ele reconhece que é preciso mais para melhorar a telefonia móvel. “Nós temos que ser rápidos na disponibilização de novas antenas e isso precisa ter um auxílio muito forte do estado e do município”, diz.
Existem hoje 63.393 antenas em todo o país. Segundo o sindicato das empresas, são necessárias pelo menos 100 mil em operação.
“Nós estamos fazendo uma série de acompanhamentos e buscando mais informações e chamando também as empresas para discutir formas melhor de fazer novos investimentos para que a qualidade seja atingida conforme o usuário deseja”, diz João Rezende, presidente da Anatel.